O mistério do amor matrimonial

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Z serii: Por um Lar novo #7
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O amor não busca o próprio interesse mas sim o bem do todo. É claro que quem se apaixona sente uma “necessidade”, já que espera que o outro o faça feliz. A maturidade de uma relação fará com que a paixão, que é uma etapa egocêntrica, seja substituída pelo amor: “preciso te fazer feliz”. O amor pode ser cultivado de muitas formas, por exemplo: compreendendo, perdoando, sabendo colocar-se no lugar do outro, admirando os dons do parceiro, tolerando seus defeitos e principalmente, fazendo a pessoa amada constantemente feliz, a tal ponto que a sua felicidade também seja a própria felicidade. “Vendo você feliz também sou feliz”.

Se alguém quiser arruinar um casamento só precisa começar a exigir mais, mais e mais do outro... Isso vale principalmente se, no dia a dia, se critica constantemente o que o outro faz, diz e pensa. Se a todo momento são apontadas as falhas, as limitações, as dificuldades do outro e, ainda por cima, com grosseria, isso fará com que o parceiro busque outro lugar, no qual possa ficar tranquilo, aliviado e sem ter que suportar comentários ou críticas negativas.

Fazer o outro feliz começa por aceitá-lo como ele é, principalmente no que diz respeito à personalidade, sem isentar desta aceitação aquilo que a pessoa pode mudar. O amor e o afeto podem tudo. Ame e verá os grandes resultados que o amor produz.

Você me ama porque precisa de mim, mas e quando você não precisar mais, o que irá acontecer? Precisar do outro porque ele é o seu amor é muito diferente! Quando se ama de verdade coloca-se parte do próprio ser na outra pessoa e os dois se tornam um, por isso não existe mais ‘eu’ sem ‘você’.

O amor se torna grande, sólido, autêntico e com potencial para crescer no futuro se houver a “necessidade” de viver e compartilhar a vida com a pessoa que se ama - é daí que surge o amor; quando se faz tudo o que está ao alcance para que o outro seja feliz, amar e viver se transformam na mesma coisa. Cada minuto da vida existirá em função de fazer o outro feliz.

Uma vida não é completa e bela de acordo o tempo que dura, mas sim por conta da intensidade com que se vive o amor e se trabalha para fazer os outros felizes. A felicidade não vem de fora para dentro, mas sim de dentro para fora. Quantas vezes se exige que os outros nos façam felizes, quando na verdade somos todos nós que devemos fazer os outros felizes. Em nossas comunidades de consagrados sempre digo que a cozinha tem o privilégio de ser um lugar que nos permite pensar nos outros, em satisfazê-los e demonstrar-lhes que os amamos. Certa vez, uma pessoa citou uma colega entre as consagradas dizendo que ela “sempre pensava nos outros”. Como é bom escutar isso! Tive a graça de ter em minha família um pai e uma mãe que, de diferentes maneiras, buscaram agradar seus filhos e fazê-los felizes. Essa convivência durante a infância me levou a experimentar o impulso interior de buscar e querer ajudar os demais a serem felizes.

Aquele que busca a felicidade do outro através do amor não deixa de amar. Amar torna-se um hábito que tem vida própria, sobre o qual não é nem mais preciso pensar a respeito.

Onde há amor há felicidade, onde há felicidade há amor. O amor gera um perfume que envolve tudo, que se espalha e transcende o tempo, deixando uma marca que ninguém pode apagar.

Esse espírito deve fazer vibrar todos os momentos vividos em um casamento. Vamos mencionar o diálogo, como exemplo do que acabamos de dizer. Se uma pessoa só busca suprir os próprios interesses, sem se interessar pelas necessidades e sentimentos dos outros, inevitavelmente irá fracassar.

O amor humaniza, torna as pessoas mais humanas. O egocentrismo animaliza. O amor humaniza. As grandes pessoas, que não são necessariamente as que estão retratadas em monumentos ou com seus nomes escritos sobre peças de bronze, muitas vezes, escondem ideologias que hoje são exaltadas mas que amanhã causarão destruição. Um grande homem e uma grande mulher se medem pela sua capacidade de amar, de buscar que os outros sejam felizes.

Preciso de você porque te amo, mas nunca te amei porque precisava de você. O amor verdadeiro é profundo, brota das entranhas do coração; o falso amor é uma caricatura, um amor envernizado, conveniente... Certa vez uma pessoa com mais de quarenta anos de casamento me disse “depois de tantos anos já posso me divorciar”. Qual o sentido deste amor, então? É impossível se aposentar do casamento, da alegria, do entusiasmo, do amor que é apaixonado por fazer o outro feliz. Enquanto essa peregrinação terrena durar, o coração irá bater no ritmo da vida e buscar sempre a felicidade. A maior sabedoria do ser humano é transformar a vida em amor e o amor em felicidade, doando-se a quem se ama.

“Você me ama porque precisa de mim ou precisa de mim porque me ama? Te amo porque preciso de você ou preciso de você porque te amo?”. Se houver algo para desenterrar, desenterrem... Se houver muito ainda a ser dito, digam-se...

Permitam-me finalizar com uma frase que parece desconectada, mas que no fundo tem ligação

com o tema: Deus é amor e nos criou para que sejamos felizes.

Para conversar em casal

1.- O que encontrei em você que me fez te amar e te escolher como marido/esposa?

2.- Te amo porque preciso de você ou preciso de você porque te amo? Você me ama porque precisa de mim ou precisa de mim porque me ama?

3.- Por que você me ama? E por que eu te amo?

4.- O que sinto ao compartilhar este tema com você?

5.- Geralmente aqueles que dizem que amam estão buscando a felicidade do amado ou a própria?

Para orar juntos

Senhor Jesus,

que nos amaste sem interesse algum,

buscando levar a salvação e a felicidade eterna

a cada um de nós,

te pedirmos como saber amar da mesma maneira,

sem nenhuma condição,

e sim doando-nos inteiramente a quem amamos de verdade.

É nosso desejo trabalhar constantemente

pelo bem do nosso amado,

nos uniste para construir a felicidade

durante os anos que ficarmos juntos,

e que se projetarão na eternidade,

ajude-nos para que isso se torne realidade.

Amém.

‘Eu’ e ‘Você’: a dinâmica do amor

“E Deus criou o homem a sua imagem;

à imagem de Deus o criou;

homem e mulher”

(Gênesis 1,27)

O ser humano foi feito para o encontro. Ele precisa do outro, deseja doar, principalmente doar a si mesmo. “Suas afeições moveriam minha demanda, se elas fossem para mim, e você, minha”1 . Dante, em uma expressão ousada, nos revela a dinâmica do ‘eu’ e ‘você’, a capacidade de sair de si mesmo e ir de encontro ao outro, que se revela decisiva para o amadurecimento de uma pessoa e da sua saúde psicológica. Os afetos do outro são exigidos e, ao mesmo tempo, oferecidos.

Durante a paixão, a aparição surpreendente do “outro” desperta o ‘eu’, sem com isso reduzir a sua personalidade. Pelo contrário, o encontro com o “outro” potencializa a própria identidade e realça o ‘eu’.

Desde o começo da própria existência, em todas as culturas e latitudes o ‘eu’ sente uma motivação e um chamado que o empurra ao encontro com do ‘eu’ com o “outro”, o que se acentua com a paixão. Essa busca é um traço marcante da natureza humana.

A Palavra de Deus nos mostra que nos primórdios houve uma definição inconfundível: um ‘eu’ é o homem e o outro ‘eu’ é a mulher. Os dois são chamados a viver um encontro profundo que transcende todos os sonhos e ilusões que alguém poderia imaginar. O amor que surge deste encontro gera um novo amor maravilhoso. Gera o “outro”, o filho.

O ‘eu’ nasce sempre de uma relação. Ninguém pode criar a si mesmo. Cada um deve sua origem a “outros”, ao pai, à mãe e a “Outro”, que é Deus.

Para que haja realização pessoal também é preciso que haja um “outro”. Ninguém é uma ilha e não existe ‘eu’ sem que haja uma relação com o “outro”. Ninguém pode ser feliz sendo sozinho e ilhado.

Lembro que certa vez, há alguns anos, fui a uma exposição de máquinas e eletrônicos e, em meio a tudo isso, havia uma jovem dentro de uma vitrine, que simulava uma casa. Lá havia uma cadeira, um banheiro e um computador mas ela estava incomunicável com tudo ao seu redor. Quando alguém se aproximava do seu stand, essa pessoa mal sorria, mas demonstrava aos outros que conseguia resolver “todas” as suas necessidades com um computador. Essa jovem estava “encapsulada”. Ou melhor, ela procurava demonstrar que com um computador era possível resolver tudo, mas não havia realmente uma interação entre as pessoas e ela. A vida não pode ser resolvida “à distância”. É muito diferente buscar o pãozinho na padaria, escolhê-lo e ao final ser atendido pelo próprio padeiro que o amassou, sovou e serviu. Sair de casa e se relacionar implica em muitas coisas, como encontrar as pessoas na rua e comentar “que calor”, “como choveu”, “como estão seus filhos?”, “você superou aquele problema de saúde?”, “que bom te ver”... enfim, temas que fazem parte do dia a dia e que possibilitam relações entre as pessoas. O individualismo convida cada um a ter a sua própria vitrine, mas nós somos pessoas capazes de se relacionar, de abrir o coração e a mente, de nos comunicar uns com os outros.

Como vemos, a experiência com o outro nos relembra constantemente da vida em si. Pensemos em um bebê, quando ele olha fixamente o rosto de sua mãe ao descobrir que ela está sorrindo; no alívio de uma criança que diante de um medo encontra conforto na mão do próprio pai; na sensação do adolescente que troca um olhar de cumplicidade com quem está apaixonado; na companhia de amigos que se sentam e contemplam juntos uma bela paisagem; no milagre daquele homem chileno que foi “esmagado” contra um caminhão e que foi dado como morto, mas sua esposa, vendo um pouco de sangue escorrer no acidente, insistiu que estaria vivo e depois de seis meses de terapia intensiva ele abriu os olhos, encontrando-a ao seu lado, incondicionalmente, pois havia vendido todos os bens que tinham para poder pagar os seis meses de hospital e de esperança que ela tivera; na última frase que meu pai me disse ao ouvido; no olhar e no sorriso da minha mãe antes de partir... enfim, o outro é incondicionalmente necessário em nossas vidas.

 

Ninguém pode ser autossuficiente e viver preso em si mesmo. O ‘eu’ abre os olhos da vida e se realiza por meio de uma atração pelo “outro” de uma maneira impressionante e irresistível. O amor em todas as suas dimensões fala desta experiência universal que afeta todos os seres humanos, de diferentes latitudes e culturas, através dos tempos. Embora a palavra amor tenha sido banalizada, no fundo ela faz parte de uma experiência invencível.

Um encontro atende à criação, na qual Deus fez o ser humano, o homem e a mulher, dando-lhes a oportunidade de se relacionarem, comunicarem, amarem, atendendo assim ao propósito pelo qual foram criados à Sua imagem e semelhança. Ser homem e ser mulher é uma das manifestações mais importantes da criação, uma oportunidade muito especial, assim como viver o amor entre ambos é um presente, um dom que se coroa com a fecundidade. O sexo “desconectado” da fecundidade e da paternidade nos levou ao problema fictício do gênero. Ao subtrair o amor do sexo e a continuação da vida, qualquer “prazer” se torna válido, levando as pessoas a se fecharem cada vez mais em si mesmas. Deus fez o ser humano como alguém capaz de se abrir e ir de encontro ao outro, de tecer sua vida através de uma maravilha que transcende as próprias vidas, fazendo-se filho.

“E Deus disse: não é bom que o homem esteja só, farei para ele alguém que o auxilie e corresponda” (Gênesis, 2, 18). Todas as células partem daí, masculinas e femininas, complementando-se para que os grandes projetos de vida e o fruto se realizem e sejam felizes.

A dinâmica do amor matrimonial se dá necessariamente no encontro do ‘eu’ pessoal e do ‘outro’. Não se pode viver um casamento por meio de um computador, de redes sociais ou do celular... Mesmo a sociedade atual tendo chegado a esse ponto... Alguns parceiros tem até que disputar a atenção do próprio cônjuge frente ao desejo de estar em uma vitrine virtual, conectado anonimamente com muitas pessoas e, por conta disso, muitos se esquecem do carinho, da escuta e da atenção que seu verdadeiro esposo ou esposa precisa.

Deixo aqui algumas palavras para finalizar esta reflexão que sugiro ser feita de mãos dadas: “Eu sou porque ‘você’ é e você é para mim porque ‘eu’ sou para ti. Dizer ‘você’ aqui significa erguer uma ponte infinita, uma ponte de luz que tem a força a sustentar ‘você’ e ‘eu’. Eu vou até você e você vem até mim.” (Lippert).

Para conversar em casal.

1.- ¿Recordamos el momento en el cual el otro comenzó a ser un ‘tú’ que sorprendió al ‘yo’? Narrarlo mutuamente.

2.- ¿Nos regalamos el suficiente tiempo para el encuentro de nuestros ‘yo’ y ‘tú’?

3.- ¿Existe algún aspecto en los que nuestros ‘yo’ viven en vitrina? ¿Cómo mejorar en este sentido?

4.- El individualismo que quiere imponer nuestra sociedad, ¿permite descubrir al ‘tú’? Los jóvenes, ¿tienen posibilidades de salir de su ‘yo’ frente a las propuestas sociales?

5.- ¿Cómo trabajar en la educación de las nuevas generaciones para que puedan descubrir el ‘tú’ del otro?

Para orar juntos.

Senhor Jesus,

em Tua própria experiência do mistério da Trindade

se encontra a dinâmica do ‘EU’ e do ‘VOCÊ’,

por isso, te pedimos que nos ajude

a fortalecer nosso encontro,

que aquela primeira vez em que começamos

a sentir o outro dentro de nós,

seja uma constante motivação para crescer

e ir entrelaçando nossos ‘eus’,

formando assim um maravilhoso ‘nós’.

Também desejamos aprofundar

a busca por ‘Você’, Senhor,

que está no meio de nós,

para que nós dois

nos entreguemos plenamente a Ti.

Amém.

1. Dante Alighieri, Divina Comédia, Paraíso IX, Losada Buenos Aires 2004, pág. 414

Você enche meu coração de alegria

“Como você é linda, minha amada, como você é linda!

Teus olhos são como pombas!

Como você é lindo, meu amado,

você é tão encantador!

As flores sobre a terra foram apreciadas,

chegou o tempo das canções e ouviu-se

na nossa terra o cantar dos passarinhos.

A figueira deu seus primeiros frutos

e as vinhas em flor exalaram seu perfume.

Levante-se, minha amada, minha linda!

Meu passarinho, que se aninha entre as fendas

das rochas e nas escarpas, mostre-me o seu rosto,

deixe-me ouvir a sua voz; porque sua voz

é suave e seu semblante é lindo.”

(Cantar dos Cantares 1, 15-16; 2, 12-14)

Coração Contente (Palito Ortega)

Você é o mais belo

da minha vida,

mesmo que eu não te diga,

mesmo que eu não te diga.

Se você não está aqui

não tenho alegria,

sinto sua falta à noite,

e sinto sua falta de dia.

Gostaria que soubesse

que nunca amei assim,

que minha vida começou

quando te conheci.

Você é como o sol

da manhã,

que entra pela minha janela,

que entra pela minha janela.

Você é a alegria da minha vida,

o sonho da minha noite,

a luz dos meus dias.

Meu coração está contente,

o coração está contente,

cheio de alegria.

Meu coração está contente

desde o momento

em que chegaste até mim.

Dou graças à vida

e peço a Deus

que você nunca me falte,

gostaria que soubesse

que nunca amei assim

que minha vida começou

quando te conheci

Escutei esta música previamente e a propondo-a como reflexão, e meu desejo que ela lembre o quão importante cada um de vocês é para o outro. Sinto muita dor quando percebo a tristeza em um casa-mento e no âmago da intimidade daqueles que se amam.

“Minha vida começou quando te conheci”. Cada um pode dizer ao outro: “quando Deus colocou você em minha vida ‘apareceram as flores sobre a terra, chegou o tempo das canções e ouviu-se em nossa terra o cantar dos passarinhos. A figueira deu seus primeiros frutos e as vinhas em flor exalaram seu perfume”. A vida comelou a pulsar e a sentir que um novo horizonte se abria.

“Você é o mais belo da minha vida, mesmo que eu não te diga”. Nos muitos anos trabalhando com casamentos, encontrei poucos casais que de fato não se amavam; mas já me apareceram muitos casais que não demonstravam que se amavam entre si, como também não o demonstravam aos demais. A rotina e os hábitos do cotidiano influenciavam o casamento, além do desgaste natural que acontece na convivência entre duas pessoas diferentes. Por isso é tão importante que os parceiros reconheçam um ao outro e que relembrem que encontrar-se foi o melhor que já lhes aconteceu na vida. Neste mo-mento, convido vocês a relembrarem os velhos tempos, o entusiasmo que a paixão gerava e a decisão de ser o amado um do outro, por toda a vida.

“Se você não está aqui não tenho alegria, sinto sua falta à noite e sinto sua falta de dia. Gostaria que soubesse que nunca amei assim”. Como seria diferente se o amor que vocês têm sempre fosse destinado um ao outro? Ao se unirem vocês celebraram o maior e único bem que possuem: a vida. O dom maravilhoso da vida que Deus lhes presenteia dura até quando Ele permite e ao consagrá-lo ao amado ou amada, ele é único e insubstituível. O amor leva a uma profunda união entre ambos, a ser uma “só carne”, e isso significa muito mais do que a união de dois corpos, significa a união entre duas pessoas, seus corpos e espíritos. Isso pode implicar em uma sensação que pode levá-los a sentir a ausência profunda um do outro quando um dos dois estiver distante, pois longe, a vida perderá o sentido e a própria alegria de viver.

O amor lhes deu a oportunidade de sair do ‘eu’ para encontrar-se no ‘eu’ que existe no outro. A crise que muitos casamentos enfrentam hoje em dia é - em parte - fruto do individualismo que a sociedade atual planta nas pessoas, impedindo-as de encontrarem-se com o “outro”. Quando surge uma pequena ou grande crise no casamento, ela geralmente se manifesta na atitude fechada de uma das partes, enquanto o outro lamenta-se ou aponta as falhas e feitos que anteriormente não incomo-davam a vida a dois, ambos culpando um ao outro pela situação que estão enfrentando. Neste mo-mento o casamento perde a alegria. Em contrapartida, quando se busca o ‘outro’ saindo da esfera do ‘eu’, busca-se constantemente construir o ‘nós’, e nesse caso tudo é diferente, pois um clima de felicidade se cria e ambos contribuem doando a parte mais positiva e maravilhosa de si mesmo e balanceando aquilo que falta ou sobra no casal. O amor tudo pode. Ele aguenta, suporta e carrega as dificuldades do parceiro. Conheço uma esposa que, quando seu esposo fazia algo que não lhe agrada-va, ela saia de casa de carro atrás dele, tomando conta para que ele não fizesse alguma bobagem. Ao invés de repreender, ela amava cuidando. O amor pode muito mais, sempre!

“Meu coração está contente desde o momento em que chegaste até mim. Dou graças à vida e peço a Deus que você nunca me falte”. Deus quis que a vida dos dois se entrelaçasse. Não é este um motivo de alegria? Que maravilha é ver dois esposos que, ao se olharem nos olhos, brilham de felicidade!

Um casamento feliz gera uma sensação indescritível para os esposos, que presenteiam a segurança a seus filhos e, acima de tudo, propiciam que eles cresçam em uma família sólida que, por sua vez, despertará neles o desejo de construir uma família semelhante. Um casamento feliz gera uma família feliz. A felicidade de uma família captura a atenção de quem os observa mas também dos seus próprios membros, pois desperta em todos os integrantes que, por algum motivo precisaram se ausentar, o desejo de voltar para casa.

Uma família feliz é o sonho de Deus, o sonho de todos os noivos que estão prestes a se casar, o sonho dos esposos que dia após dia constroem sua vida no lar, o sonho dos filhos quando projetam no futuro a realidade que experimentaram dentro de casa. É para a família feliz que o Hogares Nuevos (Novos Lares) trabalha e evangeliza. Que todos os esposos sejam capazes de celebrar o testemunho belo e profundo de um coração contente e cheio de alegria. Por isso, deem graças à vida e a Deus e peçam que o outro nunca venha a faltar, mas sim que a felicidade que hoje vocês experimentam se projete por toda a eternidade.

Digam estas palavras hoje e sempre, como preferirem ou com as palavras do Cantar dos Cantares: “Como você é linda, minha amada, como você é linda! Como você é lindo, meu amado, você é tão encantador!”.

Para conversar em casal.

1.- Digam um ao outro o quanto cada um importa para si.

2.- Em relação ao casamento: vocês estão contentes e felizes um com o outro? Vocês tem um casa-mento feliz? Que aspectos estão dispostos a nutrir para que a felicidade do casamento cresça cada vez mais?

3.- Pensem e realizem um convite mútuo para comemorar as alegrias que estão em seus corações por ter alguém ao seu lado.

4.- Nossa sociedade lhe ajuda a valorizar o seu parceiro? Quais são os riscos concretos que existem na desvalorização social da vida de casado e como isso pode afetar os casamentos hoje em dia?

Para orar juntos.

Senhor, toma-nos pela mão,

queremos-Te agradecer

por ter nos unido no caminho da vida,

dando-nos a oportunidade de ser felizes

em nosso casamento e na família.

Desde que nos chamaste a construir uma família,

somos muito contentes,

nosso coração transborda de alegria,

somos felizes.

Ajude-nos a basear nossa família em Tua fortaleza,

que nunca nos falte a graça,

para que até o final dos nossos dias,

possamos desfrutar da beleza

do nosso casamento e da família.

Amém.