Conexões Familiares

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Viv acenou com a cabeça e respondeu: “Obrigado, senhor. É muito gentil da sua parte, mas não quero tomar seu tempo no seu dia de folga com o Sr. King. Eu gostaria de marcar uma reunião para vê-lo quando for conveniente, se a oferta ainda estiver valendo.”

Mathew King começou a rir. “Filho, não existe mais dia de folga, mas se quiser conversar outro dia, ligue para minha secretária. Melhor ainda, peça ao jovem Ray para levá-lo e conversamos. Vou para o exterior na próxima semana e não voltarei antes do início de agosto, então, se quiser, marcaremos uma entrevista assim que eu regressar.”

"Vamos." Ray puxou a mão de Viv assim que marcaram a hora e o local da reunião. "Vamos nos trocar."

Os dois beijaram o rosto da vovó ao passar por ela. Ray percebeu que Viv ficou muito impressionado ao conhecer o tio Matt e seu pai.

Pelo menos ele conseguirá algo com tudo isso, embora teria sido bom se ele estivesse aqui porque está realmente interessado em mim e não porque ele aceitou o jogo de fingimento.

Quando chegaram no vestiário, Ray não esperava que Viv o seguisse para dentro de onde estava se trocando. Viv tirou suas roupas e ficou nu, diante dele. Ray congelou. Ele não tirou a calça jeans, devido a uma ereção, e não queria se humilhar novamente. Ele também não queria envergonhar Viv com a reação de seu corpo.

"Você não vai se trocar?" Viv se levantou, segurando seu calção de banho em uma das mãos, ainda completamente nu e aparentemente indiferente enquanto ele removia as etiquetas da roupa.

"Acho que vou esperar." Ray olhou para baixo.

Viv colocou a mão sob o queixo de Ray e levantou sua cabeça até que seus olhos se encontraram. “Eu prometi firgir ser gay para você até que você encontre um namorado de verdade e até eu ter meu entrevista, então é melhor você se acostumar com isso. Quero dizer, isso é como estarmos em situações como essa.” Viv o beijou no nariz antes que ele vestisse o calção.

Quando ele terminou, Viv se encostou na porta, observando enquanto Ray se despia lentamente.

A vergonha aumentou quando Viv acrescentou: "Não é minha culpa se eu te excito completamente." Ele ficou sorrindo.

Ele teve a sensação de que Viv se divertia ao provocá-lo, mesmo que fosse uma tortura para Ray.

Ele virou as costas para que Viv não pudesse ver o quanto ele estava excitado. Ele respirou fundo quando Viv ficou atrás dele, passou sua mão lentamente e, de forma muito erótica pelas costas e sobre seu quadril nu. Seu coração palpitou de desejo quando ouviu Viv gemer.

Cara, estou tão ferrado.

Ray não entendeu muito bem o que se passava na mente de Viv quando ele o tocou dessa forma, e Ray não pôde evitar tremer sob seu toque. Ele gemeu quando Viv usou os dedos para acariciar a pele de Ray, mas isso não o impediu de se arrepiar quando Viv se inclinou e soltou ar quente em sua nuca.

Ray impediu que a mão de Viv deslizasse mais para baixo. "Viv, eu acho que você deveria parar, porque em breve, eu não vou querer que você pare."

Ele estremeceu quando Viv envolveu seu braço ao redor dele e puxou suas costas nuas com força contra seu próprio corpo.

"Você está apenas brincando de ser gay", Ray sussurrou. "Lembra?"

Ray não conseguia entender o que estava acontecendo. Por que Viv estava agindo assim? Isso não foi só um show para a vovó—não dava nem para vê-los. Viv não tinha acabado de dizer a ele, há menos de duas horas, que ele era hétero e não estava interessado no corpo de Ray? Isso estava se tornando muito confuso, especialmente quando a ereção de Viv foi pressionada contra sua bunda.

Ele ouviu Viv suspirar e sussurrar: "Sim, estou apenas fingindo."

Isso apenas confundiu Ray ainda mais. Viv beijou sua nuca antes que ele o soltasse e se encostasse na porta novamente.

Os dedos de Ray tremeram quando ele finalmente conseguiu se vestir e amarrar o calção. "Você está pronto?" ele perguntou um pouco sem jeito quando percebeu quão atentamente Viv olhava para ele.

Ele ficou um pouco perturbado quando Viv o olhou de cima a baixo lentamente, e sorriu. Pareceu a Ray que o olhar de Viv se concentrou mais em sua ereção ainda evidente. Ele ficou excitado quando Viv deu um passo em sua direção e beijou sua boca novamente. Ray não conseguia impedir que seus próprios braços traidores deslizassem em volta da cintura de Viv. Ray amava os músculos do corpo de Viv. Ele deve malhar muito, já que ele tinha músculos fortes em todos os lugares certos e abdominais que qualquer cara sonharia ter. Pouco à vontade com seu próprio físico não tão musculoso, Ray tremia quando Viv o soltou e pegou sua mão.

Eles caminharam até onde Daniel e Girly estavam sentados na beira da piscina. Ray sentou-se ao lado da filha.

“Ei, pai”, ela disse enquanto colocava a cabeça em seu ombro.

"Ei, Girly." Ele esperava que ela o sentisse tremendo.

A loira ainda estava olhando para eles de uma forma perturbadora. "Ela é realmente sua filha?"

Ray afirmou com a cabeça. “É o que dizem os papéis de adoção. Você tem algum problema com isso?”

Ela balançou a cabeça. "Vocês parecem quase da mesma idade."

Ray ficou surpreso quando Viv falou. "Eles parecem sim. Ray é apenas nove anos mais velho que Girly. Não é verdade, amor?" Viv acariciou o rosto de Ray.

Tudo o que Ray pôde fazer foi confirmar com a cabeça.

Encorajado, ele colocou o braço nas costas de Viv. Para todos os outros, eles pareciam estar se abraçando. Viv encostou nele de uma forma íntima. Viv deitou seu rosto e colocou a mão na coxa de Ray, passando seus dedos em seu calção. Ray pensou se ele sabia o que estava fazendo.

Alguém finalmente apresentou a garota a Ray como Grace Kennedy.

Eles ficaram assim antes que ela se virasse para Viv e dissesse friamente: "Então, quando você decidiu se tornar gay?"

Viv sorriu para ela. "No momento em que vi Ray pela primeira vez."

Ray se virou para olhar para Viv e foi recompensado com um beijo, que deve ter sido direcionado para seu rosto, mas foi dado bem em sua boca. Mais perplexo ficou Ray quando Viv colocou sua lingua dentro de sua boca. Ciente de que Viv não iria parar até que ele cedesse, Ray deixou fluir quando o beijo se intensificou. Este estava se transformando em um dia fodido em que Ray não sabia o que diabos estava acontecendo. Viv passou os dedos com ternura pelo corpo de Ray, como se procurasse conforto. Ray ficou surpreso quando Daniel empurrou ele e Viv na piscina no meio do beijo, rindo muito ao fazer isso.

Ray conseguiu se virar segundos antes de Daniel agarrar Girly e mergulhar na piscina. A água espirrou em cima dos Kings e da vovó, e todos eles se assustaram. Ele submergiu, rindo.

"Desculpem rapazes. Desculpe, GG,” ele disse com um brilho malicioso nos olhos.

Daniel não teve chance de dizer mais nada. Viv pulou em cima deles na água. "Eu disse a mamãe para afogá-lo ao nascer." Viv riu. "Parece que serei eu quem terá este privilégio."

Girly nadou em direção a Ray, em seguida, colocou os braços em volta de seu pescoço. “Foi um beijo interessante, pai. Eu pensei ter visto mais do que um pouco de língua envolvida."

Ray franziu a testa. “Ele só está fingindo para conhecer seu avô. Não imagine mais do que isso.”

Ela olhou para ele sem acreditar. “Às vezes você é tão cego, pai. Entre nós, acho que ele gosta tanto de você quanto você dele. Dan disse que Viv não para de falar sobre você desde a noite em que jantaram em nossa casa. É por isso que dissemos a GG que ele era seu namorado.”

Ray começou a rir do absurdo de seus pensamentos. “Eu não penso assim, Girly. Você está errada. Acho que reconheceria um homem gay se visse um. Além disso, não gosto dele”, Ray mentiu. Ele sabia que sua filha nunca acreditou nisso.

Ela ergueu uma sobrancelha. “Pai, todo mundo tentou convencê-lo sobre você mesmo, e você ainda se recusou a acreditar no que falamos. A maneira como ele tem tocado em você é demais para fingir. E quanto ao beijo, bem—nossa. Eu gostaria de ter amigos assim. E sim, você gosta dele. Você só está se enganando se acreditar que não está. Você perguntou a Dan e a mim se poderia ficar com ele na noite em que finalmente confessou e aceitou a verdade sobre você. Sim, na mesma noite em que você decidiu que seria uma boa ideia beber até cair no esquecimento."

"Acho que você está errada", disse Ray. Sua vozinha dentro da sua cabeça estava se fazendo ouvir.Então por que ele me tocou e me beijou no vestiário onde ninguém poderia nos ver juntos? E Girly está certa. Esses beijos pareciam muito reais para serem fingidos.

Ela deu um tapinha em seu rosto. "Eu sei de tudo."

Por que a vovó está sempre observando? O que ela sabe que eu não sei?

A conversa terminou de repente quando Viv veio por trás de Ray na água e colocou os braços em volta de sua cintura. Daniel fez o mesmo com Girly, e Grace e Brent vieram se juntar a eles também. Ray achou um pouco estranho como Viv e Daniel ainda estavam ignorando Grace o tempo todo, e ela por sua vez, estava olhando para Viv com tanta intensidade que Ray pensou que Viv pudesse explodir em chamas. Ele queria dar um soco naquela vadia. Ele queria dizer a ela que Viv era dele. A única coisa que o impedia era a realidade. Viv realmente não era dele—e nunca seria. Sim, definitivamente fodido.

Brent olhou para Ray e depois para Girly. “Vamos todos para o chalé em agosto, quando papai voltar da Europa. Vocês vão? Papai e tio Liam acham que finalmente vão conseguir pegar o velho Reg desta vez. Eu? Eu não posso ver isso acontecendo, mas não vou aguar todos os delírios deles.”

"O velho Reg?" Daniel perguntou curioso.

Girly deu uma risadinha. “Ele é um peixe mítico. Papai e tio Matt juram que ele mora no lago lá em cima. Eles vão passar o fim de semana inteiro pescando e fisgando tudo, menos o velho Reg.”

 

"A vovó vai?", perguntou Ray.

Brent confirmou com a cabeça. "Então eu vou. É a primeira vez que ela sai depois do vovô falecer.”

"Nós iremos. Parece divertido. Certo, amor?" Viv disse com entusiasmo. "Se houver espaço para nós, quero dizer", acrescentou ele, e em seguida, deu beijinhos subindo pelo ombro de Ray até o lado de seu pescoço.

Brent, Girly e Daniel os observavam rindo enquanto Ray inclinava a cabeça para o lado para que Viv continuasse.

Grace ficou furiosa.

Virando-se, Brent chamou o pai de Ray. "Ei, tio Liam, há lugar para esses quatro no chalé?"

Liam disse sim com a cabeça, uma vez. “Você sabe se Jas, B e Josh estão vindo conosco? Liguei para eles e deixei recados, mas eles ainda não me responderam. Temos que avisar a equipe do alojamento com 12 semanas de antecedência para garantir que o lugar esteja livre para hóspedes e pronto para nós.”

“Você pode querer pensar sobre isso por um minuto, Viv”, Ray murmurou enquanto se virava nos braços de Viv. Não querendo que as palavras soassem como se ele não quisesse que Viv viesse, ele pensou que isso poderia ser apenas mais uma complicação. Ray ainda estava tremendo de uma forma gostosa sob a boca de Viv, o que não o estava ajudando em nada.

"Você não quer que eu vá?" Viv perguntou baixinho, passando sua boca lábios no pescoço de Ray, fazendo com que ele tremesse de novo.

"Não é isso. Venha comigo. Vamos dar um passeio." Ray saiu da piscina, pegou uma toalha e foi até as portas que davam para o pátio coberto. Eles estavam na piscina aquecida, então quando o ar atingiu seu corpo molhado, ele imediatamente ficou arrepiado. Ele não parou de andar até estar longe o suficiente para que ninguém pudesse ouvi-los conversando. A atenção de sua avó os seguiu. Ela nunca perdeu nada.

Viv colocou a mão no ombro de Ray e o virou para que eles ficassem de frente. "Diga-me por que você não quer que eu vá?"

Ray achou que Viv estava realmente magoado e seu coração doeu por isso. Ele olhou para Viv por um momento.

"Não é isso que eu quero dizer", disse ele a Viv. “Eu adoraria que você estivesse lá comigo. Achei que você deveria saber que o chalé não dá para ir de carro, mas é um passeio de avião. Se você vier, ficaremos no mesmo quarto para dormir juntos—na mesma cama, ”enfatizou.” Um fim de semana na pousada significa ir na quinta e voltar na segunda. Certa vez, um final de semana na pousada durou duas semanas. Você pode abandonar o clube por tanto tempo? E, finalmente, você tem sua entrevista com o tio Matt. Você não tem que continuar fingindo. Depois desta noite, você pode voltar para sua vida e não serei mais um incomodo. Você pode esquecer que me conheceu." A dor bateu em Ray ao pensar que nunca mais veria Viv.

Viv sorriu. “E decepcionar a vovó? Acho que não. Eu disse que seria seu namorado até você encontrar um de verdade.” Ele puxou Ray para seus braços e o abraçou.

Por mais estranha que fosse a situação, Ray sentia-se confortável com os braços de Viv em volta dele. Eles pareciam se encaixar perfeitamente e essa proximidade era muito boa, especialmente quando ele fechou os olhos e fingiu que Viv realmente era dele.

Ray sussurrou contra o peito nu de Viv: “Então vamos ter um problema. Você me excita demais para que algo bom aconteça. Acho que devemos encenar uma separação o mais rápido possível, com ou sem um namorado de verdade. Eu não quero me apaixonar por você. Nenhum de nós precisa disso.” No fundo, Ray já sabia que era tarde demais. Ele já amava Viv mais do que poderia imaginar.

Viv não disse nada, nem soltou Ray. Eles permaneceram e parecia que estavam assim há vários anos. Ray moveu o rosto para que ele ficasse olhando para os gramados. Ele ficou sem fõlego quando Viv acariciou suas costas em silêncio. Seus carinhos eram tão bons, e Ray não queria que ele parasse.

"Ray, nós vamos e pronto."

Ray ergueu os olhos enquanto Viv falava e foi recompensado com um grande beijo. Ele se perguntou: "Quem mais olharia para Viv para que ele abraçasse assim?", mas ele nem se importou, pois se perdeu naquele momento.

Capítulo Quatro

Viv se sentou no sofá sorrindo enquanto observava Ray e Girly dançar. O jeito que dançavam era uma mistura entre o Lago dos Cisnes e os Muppets enlouquecidos. Josh aumentou o volume da música e assobiou enquanto Ray girava Girly como uma bailarina maluca. Não muito depois, Ray caminhou em sua direção, rindo quando Daniel foi dançar com ela. Viv deu um espaço no sofá para que ele senta-se, mas se decepcionou quando Ray escolheu sentar no braço da cadeira de Beth e conversar com ela. Claro que, ele foi dar os presentes para Viv abrir e sentou-se ao lado dele.

"Feliz aniversário, Viv."

A sala de estar de Ray, com um bar tiki e muitas palmeiras, foi transformada em uma festa de praia simulada—sem a areia—para que eles pudessem comemorar o trigésimo terceiro aniversário de Viv. Ray deu a ele um livro sobre David Bowie, Moonage Daydream, e um cupom para a loja de música, explicando que ele não sabia o que deveria comprar para um namorado falso, e ele esperava que o que ele tinha conseguido fosse apropriado e não muito íntimo. O coração de Viv se derreteu com o presente muito bem escolhido.

Viv colocou os presentes na mesa, puxou Ray para seu braço e o segurou contra seu corpo. Ele fechou os olhos enquanto passava os lábios no pescoço de Ray.

Quando ele os abriu novamente, ele viu Beth e Grace olhando para eles.

Ray tentou se afastar, mas Viv se recusou a deixá-lo ir.

Ele sussurrou no ouvido de Ray: "Vou beijar você agora."

Parecia que todo o seu corpo estava carregado de eletricidade quando ele começou a beijar Ray. Parte dele não entendia por que o toque dos lábios de Ray mexia tanto com ele. Tudo o que ele sabia era que gostava dessa sensação e queria mais. Felizmente, a camisa que ele usava era longa o suficiente para cobrir as reações de seu corpo.

Os lábios de Ray estavam fazendo coisas maravilhosas nos de Viv, e ele nunca queria que isso acabasse. Ray, Girly e Daniel, todos sabiam que o romance era apenas fictício, mas beijar Ray assim parecia tão real, e de alguma forma parecia certo. Resumindo, ele estava começando a acreditar que queria que esse sentimento fosse real. Ele queria que Ray o amasse e tinha certeza de que estava se apaixonando loucamente e desesperadamente por Ray. Mas ele precisava ter certeza antes de dizer qualquer coisa.

“Eu acho”, disse Ray enquanto eles se separavam, “eu preciso me afastar de você agora, caso eu faça algo de que vou me arrepender e que você queira me bater. Vou sair para respirar um pouco de ar puro.”

"O que?" Viv perguntou curioso. A felicidade dentro dele era tão vibrante, a sensação o fez se perguntar se sua pele estava brilhando. Um sorriso enorme dividiu seu rosto enquanto ele olhava para a bunda de Ray enquanto o seguia para o quintal.

"Acredite em mim. Você não quer saber”, Ray disse com um sorriso.

Viv beliscou a bunda de Ray enquanto ele caminhava. "É meu aniversário. O mínimo que você pode fazer é me contar o que queria dizer”, Viv disse, fazendo beicinho. Ele acariciou o rosto de Ray.

Ray balançou a cabeça e riu. “Ah não, de jeito nenhum. Eu valorizo muito minha vida para te contar. Finalmente admiti que sou gay, então tenho permissão para pensar essas coisas, mas você é hetero e me odiaria por pensar nelas. Especialmente quando estou pensando nelas, o que inclui você."

Ray olhou para ele com tanta paixão que Viv ficou envergonhado.

“Talvez, quando eu tiver um namorado de verdade, eu diga a você”, acrescentou Ray, “mas não agora.”

Viv puxou a mão de Ray quando ele se aproximou e se sentou no banco do jardim. Estava muito frio lá fora, mas como sempre acontecia quando ele estava perto de Ray, o calor o dominava—quente, com Q maiúsculo. Ray sempre o fazia se sentir como se estivesse pegando fogo.

“Você já encontrou um namorado de verdade? Ou alguém com potencial?” Viv perguntou, sem saber se ele queria saber a resposta.

Ray ficou quieto por um longo tempo. Finalmente, ele respondeu: “Estou trabalhando em um plano. Tenho um encontro com um cara chamado Angus na próxima sexta à noite. Na verdade, ele vai me encontrar no seu clube para que possamos sair depois que terminarmos nosso show. Josh armou as coisas para mim. Falei com Angus ao telefone algumas vezes e ele parece legal.”

O estômago de Viv se contraiu e ele forçou um sorriso. "Você acha que vai se dar bem?"

Ray agiu como se não soubesse. “Para ser honesto, eu não tenho certeza. Parte de mim está animada, mas há outra parte de mim que parece que estou te traindo.”

Ray revirou os olhos ao olhar a surpresa de Viv.

“Não me olhe assim”, acrescentou Ray. “Eu sei que estamos apenas fingindo, e estou um pouco confuso, só isso. Você me confunde também. Sinceramente, às vezes você me confunde muito. Suponho que assim que estiver realmente no encontro com Angus, vou me sentir bem com a situação. Se vamos nos dar bem vai depender se ele beija bem. Gosto de beijar, como você provavelmente já sabe. Então há toda essa outra parte de mim que está apavorada que ele nem vai aparecer ou que vai me odiar. Não sou muito bom em me aproximar das pessoas. Sempre pareço acabar as decepcionando de alguma forma.”

Viv observou enquanto Ray tentava explicar o que estava sentindo e desejou que pudesse ajudar de alguma forma. Ele se levantou e colocou Ray de pé. "Vamos voltar antes que congelemos até a morte." Viv abraçou os ombros de Ray enquanto eles voltavam para a festa.

O próximo encontro de Ray deu a Viv muito no que pensar.

"Ainda está tudo bem para mim passar a noite aqui, certo?"

Viv relaxou um pouco quando Ray disse sim balançando a cabeça.

* * * *

Essa noite finalmente chegou. A culpa bateu nele com força como um amante abandonado enquanto observava Ray em seu encontro com Angus. Sim, ele sabia que deveria ir embora e dar a Ray toda a privacidade de que precisava, mas parte dele queria que Ray o visse. Ele não entendia muito bem por que queria que Ray o notasse, mas simplesmente aconteceu, e até convidou uma garota estranha para a pista de dança enquanto a banda tocava. Já que ele não tinha absolutamente nenhum interesse por ela, isso apenas duplicou sua culpa.

Eu sou um idiota. Ray precisa seguir em frente e eu preciso deixá-lo. Por que não posso?

Enquanto dançavam, Viv ergueu os olhos e viu Ray os observando. Viv sorriu e Ray franziu a testa. Quando a música terminou, Viv levou a mulher de volta à sua mesa e pegou uma bebida para ela. Quando percebeu que o olhar de Ray nunca o havia abandonado enquanto estava no palco, ele se sentiu melhor. Quando Ray estava fora do palco, bem, essa era uma outra história.

Na opinião de Viv, Angus teria sido classificado pela maioria das pessoas como um cara muito bonito. Ele era atencioso com Ray e não pareceu se importar quando Ray o convidou para dançar—indo ao ponto de envolver seus braços em volta de Ray enquanto eles dançavam ao som da música do DJ durante o intervalo da banda. Na realidade, Viv estav morrendo de raiva, perguntando-se o que ele faria se Ray e Angus se beijassem—ou, o que faria quando decidissem sair juntos. Ele não poderia exatamente segui-los sem parecer um perseguidor. Parte dele estava preparada para correr até lá e despedaçá-los, naquela mesma hora.

Angus definitivamente não é para ele. Por que Ray não consegue ver isso?

* * * *

Por mais que tentasse, Ray não conseguia entrar no clima do encontro que ele deveria estar curtindo. Angus era um homem muito interessante—um homem muito atraente. E Ray queria saber mais—realmente queria. O que o impediu de conhecê-lo melhor foi que ele sentiu Viv os obsevando, o que deixou Ray confuso e frustrado. Mas provavelmente foi culpa dele ter o encontro no local de trabalho de Viv. Por alguma razão desconhecida, ele sentiu que Viv estava propositalmente tentando sabotar sua noite de encontro. Girly havia sussurrado para ele que achava que Viv estava com ciúmes. Não era possível que isso fosse o que Viv estava sentindo. Enquanto ele dançava com Angus, era bom, embora não como quando dançou com Viv em casa.

Ele não pôde deixar de olhar para Viv, perguntando-se quem era seu companheiro e se Viv estava planejando levá-lo para casa. O pensamento o perturbou e as lágrimas saiam de seus olhos. Piscando furiosamente antes que alguém percebesse, ele ignorou a vergonha em seu rosto quando percebeu que Angus sabia que ele estava chateado e provavelmente adivinhou o porquê. Seu acompanhante se virou e olhou para Viv enquanto eles voltavam para a mesa.

No final da noite, Ray parou ao lado de seu carro e falou baixinho com Angus. Embora soubesse que Angus queria beijá-lo, não tinha certeza se poderia deixar isso acontecer, principalmente porque preferia que Angus fosse outra pessoa. Alguém que, naquele exato momento, estava sentado lá dentro, provavelmente beijando alguma garota estranha que tinha acabado de conhecer.

 

A vida não é justa.

"Você não está realmente interessado em mim, está?" Angus perguntou baixinho.

Ele sentiu como uma febre em seu rosto. "Eu sinto muito. Você parece uma pessoa muito legal. É só isso"

“Aquele cara, aquele que ficou olhando para você a noite toda, ele é seu namorado? Ou seu ex, talvez?"

Ray balançou a cabeça. “Não, Viv não é meu namorado. Ele nem é gay.” Bem, ele diz que não.

"Mas você gostaria que ele fosse?" Angus adivinhou.

"Sim", sussurrou Ray, com vergonha em finalmente admitir em voz alta para alguém que não era da família.

Angus acariciou suavemente o rosto de Ray. "Bem, se você esquecê-lo e achar que pode estar interessado por mim, me ligue." Ele deu um tapinha no rosto de Ray antes de entrar no carro e sair.

Eu sou o maior idiota. Ele era bom e eu o deixei ir embora. Que diabos está errado comigo? Ele voltou para o clube. Todos estavam se perguntando o que havia de errado. Ele não iria admitir o quão patético ele era. Por que acabei de dispensar alguém que provavelmente é incrível? Por que estou ansioso por alguém que nunca vai me querer como eu preciso?

Ignorando a mesa, ele foi guardar seu violão e começou a desligar tudo. Ele ia levar o violão com ele esta noite. O pessoal colocaria o resto de seu equipamento no depósito.

"O que aconteceu, pai?" Girly disse enquanto o ajudava.

Quando Ray não respondeu, ela adivinhou.

"Viv."

"Não quero falar sobre isso", afirmou Ray ao se levantar. A dor o percorreu quando percebeu que Viv e a mulher tinham vindo para se juntar à mesa. Suas entranhas gritaram com a necessidade de atacar e bater em alguém. Ray nem mesmo olhou na direção de Viv quando disse boa noite a todos, beijando Girly e Beth no rosto antes de ir até seu carro. Lágrimas eram como fogo em seus olhos com o desejo de it para casa, longe de Viv. De uma forma ou de outra, ele tiraria Viv de sua vida.

"Ray, espere."

Ray não se virou, mas acelerou o passo ao ouvir Viv chamá-lo. Tudo o que ele queria era fugir antes que ele se sentisse mais idiota ainda.

"Ray." Viv segurou o braço de Ray para impedi-lo de entrar no carro.

Droga!

"O que você quer, Viv?" Ray encostou-se na Mercedes, evitando propositalmente contato visual. Se ele olhasse em seus belos olhos, sabia que imploraria a Viv que lhe desse algo—algum tipo de esperança.

"Eu queria saber como foi o seu encontro", disse Viv.

Ray olhou para ele sem acreditar, as lágrimas novamentetentaram sair de seus olhos. "Ta brincando né? Vou para casa sozinho, então acho que você pode descobrir por si mesmo o quão bom foi meu maldito encontro.

"Você não gostou dele?" Viv perguntou.

“Sim, eu gostei dele. Viv, eu realmente não acho que quero falar sobre isso com você. Estou me sentindo mal o suficiente sem ter que relembrar do que deu errado. Você deveria voltar para a sua namorada. Ela vai se sentir sozinha—disse Ray, esperando friamente que Viv fosse embora e o deixasse sozinho.

"Ela não é minha namorada", Viv sussurrou, envergonhado enquanto falava.

"Bem, de onde eu estava, ela com certeza parecia que era sua namorada." As lágrimas ameaçadoras finalmente começaram a rolar livremente por seu rosto, e Ray estava se culpando por mostrar o quão chateado ele realmente estava.

"Não está com ciúmes, está?" Viv deu uma risadinha.

Para Ray, a resposta de Viv soou estranha.

Ray respirou fundo, enxugou as lágrimas do rosto e decidiu responder honestamente. Viv merecia muito. "Você sabe que estou. Você não é estúpido. Você sabe que tenho sentimentos por você, que me importo com você mais do que deveria. Eu te disse uma vez, nenhum de nós se beneficiaria se eu me apaixonasse por você."

"Ray—"

“Eu tenho que ir, Viv. Por favor, tente esquecer que eu disse alguma coisa.”

Viv sorriu. “Não vá. Volte para dentro comigo e eu serei seu par por procuração.” Ele pegou na mão de Ray "Vamos nos divertir."

Ray balançou a cabeça. “Isso não vai ajudar a situação. Só vou acabar me sentindo pior, e minha presença provavelmente irritará sua amiga."

"Eu não me importo com ela", disse Viv, meio sem jeito. “E se pegarmos umas cervejas e voltarmos para minha casa para assistir a filmes?”

"Acho que não. Acho que prefiro ir para casa.” Ele tentou soltar a mão, mas Viv não a largou.

"Tudo bem, então eu irei com você", disse Viv, determinado.

Ray olhou surpreso para ele. “Que parte de 'Eu não acho que estar perto de você vai ajudar no assunto' você não entendeu?”

"Você está chateado, e eu não vou deixar você ficar sozinho assim." Viv fez carinho com as mãos no rosto de Ray, enxugando suas lágrimas.

"Tudo bem", disse Ray. “Vamos assistir a droga desses filmes, mas vamos para minha casa.” Ele lutou contra a vontade de bater na cabeça quando Viv sorriu. Sua auto-aversão o atingiu como uma onda, pois ele não pôde evitar de se inclinar e beijá-lo antes de Viv voltar para dentro para dizer aos outros que ele estava saindo com Ray.

Ray ficou olhando para Viv. Por que ele tem que me confundir tanto? Por que não posso dizer não a ele? Por que ele sempre age como um idiota total e depois é tão legal? Daniel me disse tantas vezes que Viv geralmente não age dessa maneira. Eu sou tão especial que mostro o lado imprudente dele? E, no entanto, estou deixando-o voltar para casa comigo de qualquer maneira. Isso não é fodido?

* * * *

Viv despertou em algum lugar ao amanhecer, ainda deitado no sofá com Ray. Depois de notar a maneira como ele estava meio deitado em cima do pobre rapaz, ele ficou vermelho de mortificação. O rosto de Ray estava voltado em sua direção e, antes que Viv pudesse se conter, a necessidade de cobrir suavemente a boca de Ray o fez ceder ao desejo. Ele lentamente deslizou sua língua entre os lábios de Ray para beijá-lo enquanto ele tinha chance. O leve movimento foi o suficiente para fazer Ray responder, e o beijo foi extremamente erótico e fez coisas estranhas na anatomia de Viv. Ele não conseguia parar de deslizar a mão pelo corpo de Ray para segurar o pênis semiduro de Ray, apertando suavemente através de sua calça jeans. A ereção se encaixou tão perfeitamente na palma de sua mão que ele não pôde abafar seu gemido.

Por que isso parece tão certo? Estou tão ferrado.

Ray dormiu durante tudo o que aconteceu, mesmo ao gemer ao toque de Viv e se pressionar mais perto dele. O coração de Viv bateu loucamente quando eles se separaram. A respiração e os batimentos cardíacos pareciam durar uma eternidade antes de voltar ao normal e, em algum momento, ele voltou a dormir, ainda enrolado no corpo de Ray.

* * * *

Ray acordou quando sentiu um movimento ao lado dele e ficou feliz e surpreso ao descobrir que ainda estava deitado no sofá com Viv. Alguém os cobriu com um cobertor, mas ele não conseguia se levantar com o corpo de Viv prendendo-o nas almofadas. Ray ouviu Girly e Dan conversando na cozinha e sentiu o delicioso cheiro de bacon chegando até ele. Seu estômago ate roncou.

Viv parecia tão em paz deitado dormindo, seu cabelo escuro todo espetado. Ele era realmente lindo. Sua pele possuía uma bela aparência bronzeada, por ser latino, em vez de passar horas intermináveis assando sob o sol australiano. Sua boca era um pouco grande, mas mesmo durante o sono, seus lábios se curvaram em um leve sorriso. Ray nunca tinha percebido antes como os cílios de Viv eram tão compridos. Seu nariz era bem afilado. Suas orelhas, bem, elas eram simplesmente lindas.

Ray passou suavemente a ponta do dedo na bochecha de Viv e foi pego de surpresa quando Viv o beijou—uma pena que ele estava dormindo e perdendo toda a diversão. Ray sorriu para o beijo assim que os olhos de Viv se abriram e ele pulou para longe.

“Não me olhe assim. Você me beijou por conta própria" Ray sorriu. “O mínimo que você pode fazer é terminar o trabalho.”

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