Eu Sou

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Pesqueira-PE

Um novo dia aparece com bastante força.O sol surge,inundado o ambiente com seus raios poderosos.Em contraste,sopra uma brisa fina e gelada o que ajuda no despertar e relaxamento de todos.

No entanto,não havia tempo a se perder.Os anjos levantam rapidamente e com a permissão da proprietária do estabelecimento,vão chamar os outros a fim de tomar o café da manhã.

Um a um,vão sendo expulsos dos seus quartos,reúnem-se e partem para a copa.A pequena distância que os separa é cumprida e semelhantemente á noite,vão preparar seus pratos.Quando terminam esta etapa,vão alimentar-se tranquilamente,acomodando-se em cadeiras ao redor duma mesa próxima, naquela linda manhã a qual prometia.

Tudo permanecia num clima de paz e guerra ao mesmo tempo.Eu explico.Paz por cumprirem o cronograma fielmente até o momento e guerra interna por ainda não terem definições concretas sobre o futuro dos próximos acontecimentos.Além de ansiosos,eles tinham uma vontade crescente de controlar seu próprio destino,o que na maioria das vezes não era possível causando uma espécie de frustração entre eles.Porém,não era algo encarado como definitivo.

A grande virtude que possuíam era o otimismo e isto os ajudava a enfrentar qualquer situação,inclusive em discussões entre eles.Uma delas ocorre no momento do café,mas Rafael com sua autoridade consegue contê-la.Fora uma discussão boba entre as mulheres sobre a importância de cada uma delas.Ainda bem que ao final conseguiram fazer as pazes.

Foi assim que em trancos e barrancos concluem o desjejum.Numa reunião rápida entre eles,definem um local para irem,voltam aos respectivos quartos,fazem as malas,saem novamente,pagam a hospedagem,despedem-se dos demais e finalmente deixam o estabelecimento.O “Eu sou” de cada um deles gritava internamente para ser ouvido e isto ecoava em suas mentes.

Do centro, eles partem em sentido leste com destino a um dos extremos da cidade. Na travessia feita a pé,eles encontram conhecidos,desconhecidos e ao atravessarem as ruas enfrentam o transito que no momento estava bastante caótico.Mesmo assim,não desanimam.

Gradativamente,vão ultrapassando pontos importantes como a avenida que desce para a rodoviária,o convento dos franciscanos e chegando na Avenida Recife,dobram á esquerda em direção ao IFPE unidade pesqueira.

Agora,cada passo era decisivo pois o local do destino se aproximava.Caminhando cerca de duzentos metros,eles param em frente a uma casa abandonada.Com um sinal,todos se aproximam,ultrapassam a entrada,tem acesso a área externa e neste instante o filho de Deus entra em contato.

—Meus irmãos,estou diante dum símbolo do meu passado.Em 2002,eu passava por aqui e escutei dos meus amigos uma história tenebrosa sobre este lugar que envolve assassinato,justiça,espiritualidade e medo.O tempo passou,eu me afastei daqui,mas mesmo assim eu não esqueci a história.O meu objetivo agora é ter alguma explicação para o que ocorreu-finalizou o vidente.

Mal disse isso,tudo parece mudar.Misteriosamente,O portão fecha-se os trancando por fora.Nuvens negras encobrem parcialmente o sol e gemidos podem ser ouvidos na parte interna da casa amedrontando os humanos.Rafael então toma a palavra:

—Calma,Garnian!Perdoe o nosso amigo pela curiosidade.Prometemos nos retirar imediatamente e deixá-lo em paz.

Com um sinal,Rafael chamou Uriel e juntos agarraram os humanos e voaram sobre o muro.Em instantes,já estavam fora.Voltam a caminhar em sentido contrário e então o anjo explica-se:

—Ainda não é o momento,filho de Deus!Você não está pronto.(Rafael)

—Eu não entendo.Por quê?(O filho de Deus)

—Não nos pergunte.O melhor agora é fazer isso-Interveio Uriel.

—Está bem.(O filho de Deus)

—Qual o próximo passo,Rafael?(Renato)

—Continuemos a viagem— Respondeu ele.

—Ok.(Renato)

—Que tenhamos sorte!(Rafaela Ferreira)

—Tomara,gata!(O vidente)

—Estou pronta,Aldivan.Poderia tocar-me?(Bernadete Sousa)

—Estava esperando por isso,minha serva.(O vidente)

Aldivan aproxima-se da apóstola.Carinhosamente,estica o braço e toca desta feita na ponta dos seus dedos.A maciez de sua pele o faz vibrar e ter a visão do seu futuro:

“Bernadete estava tomando um chá em sua residência,encostada numa poltrona na sala de visitas.Com cinqüenta anos,passa a lembrar dos principais acontecimentos de sua movimentada vida:A criação dos seus pais,o seu crescimento junto aos amigos da vila de mimoso,a passagem para a adolescência ,o estupro,o aborto e a promessa dum jovem que tudo poderia mudar.Animada Por suas palavras,aceitara o seu convite de viajar pelo mundo e descobrira verdadeiramente um pai e um filho dispostos a tudo por ela.Ele demonstrara muito amor e como recompensa dedicara-se ao próximo integralmente num asilo próximo.Além disso,propagara sua mensagem a todos que a conheciam.Através destes atos,descobrira a verdadeira felicidade e tinha certeza de seu acolhimento no reino de Deus quando da sua partida da vida terrena.Encontrara o seu “Eu sou” interno e compreendera o “Eu sou” do pai através do seu filho chamado vidente,divinha,Aldivan Teixeira Tôrres,um cara espetacular além de outros adjetivos.O universo e as forças benignas conspiravam para o seu sucesso e era só isso que podia desejar aquele que transformara sua vida.Bendito seja!Repete internamente.Com um sorriso no rosto,levanta-se da poltrona e vai realizar as tarefas domésticas e cuidar do seu gato Tobit,único companheiro de casa.E a vida continuaria....”

O vidente retira sua mão após a visão anterior.Abraça novamente a apóstola e com um sinal solicita que ela e os seus amigos o acompanhem.O seu silêncio revela muito mais do que se falasse e Bernadete compreende isso.Nem tudo poderia ter resposta e o importante era ater-se ao presente e á missão atual.Em frente,sempre!

O grupo,andando numa boa velocidade,desce do bairro do prado em direção ao centro.Dobram na Avenida Recife,seguem em frente algumas centenas de metros,dobram outra esquina e começam a percorrer a avenida principal do bairro.

Permanecendo no mesmo ritmo, eles completam o trajeto até a rodoviária em quinze minutos.Em frente ao prédio de andar único,eles avançam um pouco e compram as passagens na bilheteria.Após,vão acomodar-se no saguão de espera.

Deste momento até a chegada do ônibus passam-se mais trinta minutos.Um a um,vão entrando no meio de transporte e acomodando-se nos lugares vagos.Quando todos os passageiros entram,é então dada a partida.

No trajeto curto,a única coisa que fazem é descansar frente a tantas preocupações.Eles sabiam que independente do que acontecesse já estavam de parabéns pelo seu empenho,dedicação e garra ás suas causas.Contudo,queriam e sonhavam com mais.

Foi assim que em dez minutos chegam a sua próxima parada:A cidade de Sanharó.Carregando suas pesadas malas,eles descem do ônibus ás margens da rodovia e caminham a pé em direção ao centro da cidade.

Com o conhecimento que tinha da cidade,o vidente procura uma pousada que abrigasse a todos.E encontram a mesma alguns minutos depois.Sanharó mudara pouco desde a época em que trabalhara ali por dois meses como agente administrativo na sede administrativa municipal.Crescera bastante,isto era notável,mas isto não acabara a sensação de um lugar pacato e acolhedor.

Conhecida como cidade do queijo e do leite,o nome provinha de uma espécie de abelha negra,existente no local,significando em vocábulo indígena zangado ou excitado.Dados de 2014:área:256 km²;população:24556 habitantes;IDH:0,603.

Estavam eles ali,em frente á pequena pousada,um prédio simples,estilo chalé,com entrada ampla e asfaltada.Reunindo a coragem restante,eles adentram no estabelecimento,falam com o proprietário e acertam as bases.Após isso,vão relaxar um pouco.Á tarde,novas emoções os esperavam.

Cada qual procura aproveitar o descanso da manhã da melhor forma possível em seus respectivos quartos, os quais eram equipados com apetrechos de última geração:Alguns dormem,outros assistem TV,os demais escutam música ou lêem livros.Estes momentos raros dentro duma viagem desgastante e instigante eram como um bálsamo para seus corpos fatigados.

Aproximando-se do horário do almoço eles encontram-se novamente e comem juntos.Aproveitam para acertar os próximos detalhes da viagem.Ao final de trinta minutos,decidem sair juntos.O objetivo do vidente era apresentá-los a alguém também especial.

Do centro,eles se dirigem sentido-sul,ziguezagueando pelas ruas do pequeno lugar chegam dois quarteirões depois em frente a uma casa média de alvenaria,aproximadamente 6x14,estilo casa,com jardim e piscina no muro da frente.Eles chegam no portão principal.Batem uma única vez e imediatamente alguém vem atendê-los.Trata-se de um homem de aproximadamente 50 anos,estatura baixa,barrigudo,corpo não linear,olhos castanhos claros,cabelos pretos e cor branca.Com um semblante de indagação,entra em contato ao chegar mais perto.

—O que querem,senhores?

—Sou eu,Osmar.Não lembra?Trabalhei com você na prefeitura.(O filho de Deus)

Osmar analisa Aldivan por um instante completamente e ao final esboça um sorriso.Como esquecer do sonhador que nos horários de folga do trabalho digitava seu livro por não ter computador?Inúmeras vezes sentira admiração por ele,até então um garoto nos idos do ano de 2007.

Com alguns passos,avança na direção do mesmo e lhe dá um grande abraço.Aldivan retribui e eles vivem este momento de reencontro intensamente.Eram duas almas irmãs e companheiras que tinham perdido o contato pelas circunstancias da vida.

 

Ao fim do abraço,Osmar ajeita sua cabeleira que cai aos ombros e retoma o contato:

—E estes,são seus amigos?

—Sim.(Aldivan)

—Os amigos de Aldivan também são meus amigos.Entrem,por favor.A casa é de vocês.(Osmar)

—Obrigado.(Rafael,em nome do grupo)

Osmar adentra novamente na casa e os outros o acompanham.Passam por uma saleta,um corredor e após penetram na sala de visitas composta por estante Rack,poltrona,cadeiras e mesa,no piso ,tapete de couro,nas paredes quadros e outros enfeites,na entrada,cortina persa.Tudo muito bem organizado e de bom gosto.

Eles acomodam-se na poltrona e os que sobram nas cadeiras.Batendo um sino, chama sua empregada que ao chegar oferece aos visitantes chá,suco,refrigerante,cerveja,vinho,frutas,bolo e bolacha.Alguns aceitam,outros não.Quando são servidos,a empregada é dispensada.Osmar e os outros tem a oportunidade de iniciar uma conversa que promete ser decisiva.

—A que devo a honra da visita do sonhador aspirante a escritor em minha casa?(Osmar)

—Eu já não sou mais aspirante,Osmar.Encaro a literatura como trabalho e diversão,já não consigo mais viver sem ela.(O vidente)

—Que ótimo!Fico feliz por você!Estão de passagem?(Osmar)

—Estamos numa viagem rumo ao litoral.A procura de novas histórias.(Rafael)

—Você está convidado também a participar-Disse com firmeza o vidente.

—Eu não sei...Eu me sinto tão confuso.(Balbuciou Osmar)

—Eu sei.Eu sinto isso.(O filho de Deus)

—Tem algo para nos contar?(Uriel)

Osmar fica estático por um instante.Será que poderia confiar em pessoas que mal conhecia?Em que eles poderiam ajudá-lo?Estas e outras perguntas pertinentes rondavam sua atormentada mente.Numa decisão repentina,resolve arriscar.

—Sim,eu tenho algo a dizer.Mas falem mais de vocês.Como se chamam,belas moças?(Osmar)

—Eu me Chamo Rafaela Ferreira.Sou de Arcoverde-PE e atualmente estou enfrentando um problema grave de depressão.

—Eu sou a Bernadete Sousa.Provoquei um aborto um tempo depois de ter sofrido violência.O filho de Deus está me ajudando a enfrentar este momento.

—Prazer.Meu nome é Osmar pontes.Atualmente desempregado,vivo das minhas economias do meu tempo de trabalho.

—Prazer também.(As duas mulheres concomitantemente)

—Desempregado?Você saiu da prefeitura?(O filho de Deus)

—Sim.Eu tive alguns problemas lá que me obrigaram a sair.Mas estou bem economicamente,não se preocupe.Quando eu alcançar a idade,solicitarei minha aposentadoria.(Osmar)

—Ah,ainda bem.(O filho de Deus)

—E como se chamam ,jovens amigos?(Osmar)

—Eu me chamo Uriel Ikiriri,sou o anjo da guarda do Aldivan.

—Eu me chamo Rafael Potester,sou um dos sete espíritos de Deus assim como meu irmão Uriel.

—Meu nome é Renato e sou o principal companheiro de aventuras do vidente.Juntos,somos parte principal da série de mesmo nome que já tem quatro obras.

—Que incrível!Estou pasmo!Seus amigos são fenomenais.Esta série o vidente vai dar muito que falar.Poderia me falar um pouco de suas obras, Aldivan?(Osmar)

—Foram quatro romances,uma novela,uma coletânea de contos,um livro de sabedoria,dois conjuntos de poesia e um roteiro baseado no meu primeiro romance.Os quatro romances fazem parte da série o vidente.O título um,”forças opostas”,é o início da saga.Resumidamente,viajei até mimoso em busca de realizar meus sonhos numa montanha que prometia ser sagrada.Lá,encontrei a guardiã,um ser milenar e detentora de muitos mistérios que me ajudaram a realizar os desafios e ter permissão de entrar na gruta.Com garra e coragem,cumpri todos,entrei na gruta,enfrentei mais obstáculo,venci novamente e tornei-me o vidente,um ser onisciente através de suas visões.Após,saí da gruta,reencontrei a guardiã e junto com Renato fomos enviados ao Mimoso antigo com o objetivo de corrigir injustiças,ajudar alguém a se encontrar e reunir as “Forças opostas” que se encontravam desequilibradas.Durante trinta dias,fizemos um belo trabalho e retornamos de mimoso mais experientes e vitoriosos.Paramos um pouco por conta de compromissos.Já o segundo título,”A noite escura da alma” aborda o seguinte:A vida nos faz viver dias tenebrosos, tristezas que não queremos que fossem reais.

“A noite escura da alma” é a continuação de “O vidente”, sendo que o personagem principal,eu, retornei a uma montanha em busca de respostas para um período conturbado de sua vida, momentos que eu esquecera de Deus, dos meus princípios, perdendo-me em pecados. Na montanha, “O Vidente”, tive contato com dois “seres elevados”, que me guiaram ao conhecimento. Contudo, eu era profundamente ligado aos sete pecados capitais e apesar da experiência adquirida, meus problemas não se resolveram, então tivemos que fazer uma jornada à “Ilha perdida”, sede do reino dos anjos.

O livro é uma travessia repleta de perigos, piratas, uma grande aventura no mar, trazendo-nos reflexões e questionamentos, ao qual nos perguntamos se seria possível que um criminoso se recupere depois de se afundar completamente na escuridão, e, havendo, ele realmente encontraria a paz por seus crimes? Encontraria o perdão em si mesmo? Acharia a felicidade? Ou seria apenas uma ilusão, uma trégua para uma noite ainda mais escura?Vale a pena conferir.

Com relação ao terceiro romance,intitulado “O encontro entre dois mundos”,é uma história que apresenta um flashback presente-passado.É uma grande jornada que envolve mais uma vez,eu e Renato..Está dividido em duas partes que se situam no passado e no presente respectivamente que buscam mostrar a importância da luta para concretização dos nossos ideais sejam eles quais forem.

Na parte um,viagem a Sítio Fundão-Cimbres-Pesqueira-PE ao encontro dum dos responsáveis por uma revolução no passado.Ajudados por ele,nós somos treinados até desenvolver a co-visão,chave para a visão da história.Quando ficamos preparados,somos submetidos a ela e viajamos até o início do século XX no nordeste,tempo de opressão,injustiças e preconceitos e de fome.Durante todo o tempo, observamos o exemplo da população lutadora da época,especialmente um grupo que toma parte ativa na trama.Contudo,Será que tivemos sucesso absoluto em seus objetivos?Desmascaramos as elites?Ou fracassamos?E ainda será que conseguimos o tão esperado encontro de mundos tão dispares em relação á classes sociais,opiniões,estereótipos e amor?Vale a pena conferir.

Na parte dois,realizamos nova viagem com o objetivo de concluir nossos trabalhos e alcançar o milagre tão procurado.Desta feita,vamos a Carabais procurar um segundo personagem do passado e ao encontrá-lo somos submetidos a um novo treinamento.Quando prontos,a parte dois da história se mostra.Nela,o leitor se deparará com os seguintes questionamentos:Até que ponto a questão social atrapalha no sucesso?É viável persistir mesmo depois de vários fracassos?Vale a pena privar-se do amor por conta de preconceitos sem ao menos tentar?Alguém que tem um dom pode considerar-se especial ou isto pode ser loucura?Tudo isto e muito mais você vai conferir na história de Divinha,alguém em busca do destino e do sucesso que todos nós merecemos.

Por último, entre os romances,o testamento- o código de Deus,é o quarto. A história começa quando Philliphe Andrews,um auditor da fazenda marcado por uma tragédia,começa a questionar-se o porquê do seu mau destino ficando revoltado e indignado.Por um lance do destino,descobre um livro e um autor e resolve procurá-lo.Ao encontrá-lo junto com seu parceiro de aventuras decidem fazer uma viagem ao deserto distante onde supostamente encontrariam com Deus e solucionariam seus problemas.A viagem então é realizada,encontrando dois guias no caminho que os levam ao local desejado,deserto de Cabrobó.Passando por dez cidades no deserto,desenvolvem um bate papo gostoso entre si e os convidados respectivos e subitamente Deus começa a falar através dos guias respondendo a questões cruciais.Tudo o que é revelado vai ajudando na elaboração do “testamento”,um código dado por Deus e nunca decifrado na história humana e angélica.E aí?Você acredita que Deus pode revelar-se em situações extremas?Ou é apenas um delírio de todos os envolvidos?Leia então o testamento,um livro destinado especialmente a quem perdeu a fé em Deus,e tire suas próprias conclusões

O livro de sabedoria apresenta frases de intensa iluminação do pai,o de contos aborda parábolas de fundo moral sobre o reino de Deus e de sabedoria.Os de poesias abordam amor e o sertão do nordeste.Já a novela remonta aos tempos do cristianismo primitivo,tempo de lutas,opressão e perseguição- Finalizou o filho de Deus.

—Massa!Comprarei todos!Depois você me informa os procedimentos.(Osmar)

—Ok.Obrigado.(O filho de Deus)

—E quanto ao seu problema?Está preparado para revelar?(Rafael)

A pergunta direta faz novamente nosso anfitrião gelar.Estes seus amigos eram realmente atrevidos.Apesar disto,decide abrir o jogo, pois no momento não tinha a quem recorrer.Que fosse feita a vontade de Deus!

—Eu sou um homem deplorável ,amigos.Entrei a fundo na corrupção corporal e material.Não sou digno de pena!(Osmar)

—Calma,deve ter um jeito,amigo!(Renato)

—O que é impossível aos olhos do homem,é possível a Deus.(Uriel)

—Eu também me sinto assim.Quando meu namorado me deixou,eu me achei a pior das mulheres.(Rafaela Ferreira)

—Quão maior for sua derrota,maior a graça.(Rafael)

—Também pensei que meu caso não tinha jeito nem perdão quando eu abortei.No entanto,pouco a pouco, estou conhecendo melhor um ser chamado Aldivan Teixeira Tôrres e ele consegue me compreender completamente.Nele,tenho um pai e irmão.(Bernadete Sousa)

Osmar analisa todas as falas dos seus amigos.O vidente Seria mesmo a pessoa certa para confiar seus problemas?Será que lhe daria alguma esperança mesmo ele sendo um monstro?Desconhecia este lado fraternal dele quando o conheceu e já que no momento sentia-se desesperado valeria a pena tentar.

—Quem é você,vidente?(Osmar)

—Sou um profundo conhecedor da alma humana e que no momento quer você ao seu lado.Eu prometo-lhe dedicação ás vossas causas.(O vidente)

—Eu não sei....Você não me aceitaria se soubesse que .....

As palavras não saem da boca de Osmar tamanho é seu medo e desconfiança no momento.Vendo seu amigo em apuros,o filho de Deus entra em contato.

—Se eu soubesse que você fraudou a prefeitura e que tem preferência sexual por pessoas de faixa etária reduzida?Eu não me importo.Eu sei apenas que você é um homem doente e que precisa de tratamento urgente.Ofereço o seio do meu pai para transformar suas alma,de trevas para luz.Porque eu não vim chamar os justos e sim os pecadores empedernidos,estes sim precisam de minha ajuda.(Aldivan)

Osmar emociona-se.Como ele sabia?Como ele poderia entender?Em nenhum momento da sua vida,apareceu ninguém para confortá-lo e apoiá-lo,somente mãos e dedos apontando sua culpa e o julgando constantemente.Realmente,Aldivan não era um ser comum.

—Obrigado.(Osmar)

—E aí,Osmar?Vamos viajar?(Rafael)

—Sim.Vocês me convenceram.Esperem só um pouco.(Osmar)

Osmar levanta-se da poltrona e dirige-se ao seu quarto.Chegando lá,começa a arrumar suas malas rapidamente.Quinze minutos depois,já está tudo pronto,ele sai do quarto,reúne-se com seus colegas,deixa a administração da casa com os empregados,e finalmente parte com eles.O mundo esperava por suas próximas ações.

Fora da casa,após caminhar alguns metros,o vidente entra em contato novamente.

—Osmar,sugiro que nos apresente um pouco da cultura de sua cidade.Tudo bem?

—Òtimo.Acompanhem-me— Disse ele.

O grupo atravessa a região sul e aproxima-se novamente do centro da cidade.Naquele instante,estavam plenamente concentrados e dispostos a divertirem-se naquela humilde e pacata cidade.Com a orientação do anfitrião,três quadras depois,com várias passagens,eles chegam á casa cultural da cidade.Coincidentemente,nesta tarde haveria apresentação ao público.Eles entram no local,uma casa simples de alvenaria,estreita,mal conservada,mas muito bonita no horário exato do evento.

Junto com outras pessoas,eles tem a oportunidade de assistir a apresentação dos Bacamarteiros.O espetáculo consiste de movimentos rítmicos desordenados sobre o comando do sargento.O som do xaxado é produzido pelos instrumentos sanfona de oito baixos,a zabumba de couro curtido e o triângulo.Com relação ao vestuário,os integrantes da peça usam roupa de zuarte(Algodão azul),lenço no pescoço e cartucheiras de flandres.Outra curiosidade é que os comandantes usam estrelas nos ombros e no chapéu além de bengalas ou guarda chuvas.

 

Em cerca de trinta minutos,eles terminam por ficar encantados com a apresentação que se encerra com disparos de balas.Por sorte,ninguém se feriu.Após,saem do centro cultural e voltam a caminhar nas ruas da cidade.

Com poucos metros,Aldivan entra em contato novamente:

—O que tem mais para nos mostrar de sua bela cidade,Osmar?

—Acompanhem-me,senhores— Diz ele.

—Vamos,pessoal— Concordou Rafael.

—Certo— Assentiu Renato.

Os integrantes do grupo acompanham o anfitrião e após atravessar algumas ruas do centro,eles deparam-se com um grande galpão.Chegando mais próximo,e como o portão estava entreaberto,eles percebem que se trata da sede de um grupo musical pois o galpão estava repleto de instrumentos musicais e bugigangas relacionadas ao meio.Ante o olhar de indagação dos visitantes,Osmar faz questão de esclarecer:

—Esta é a sede da sociedade musical santa Cecília,patrimônio cultural do nosso povo.Por coincidência,está na hora do ensaio deles.Entremos,amigos.

Aceitando o convite,os amigos de Osmar entram na repartição que para muitos era sagrada por conta da música.Como previsto,cinco músicos afinam seus instrumentos,cumprimentam o público presente e iniciam o toque de uma bonita sinfonia.Mergulhando na melodia serena da música,cada um em seu interior sente um pouco da magia do momento.Através do som,podiam enxergar a si mesmos.Rafaela Ferreira sente um alívio de suas dores,Bernadete Sousa sente-se esperançosa,Renato pensa num futuro prometedor,Rafael lembra de sua adoração ao altíssimo,Uriel da sua devoção ao seu protetor,e por último,o mais sonhador de todos,lembra dos obstáculos,dos fracassos,das vitórias e dos amores não correspondidos.Antes de ser “Eu sou”, ele era um humano comum e a música que o representava no momento era o “Eu sem você”.Mesmo não tendo nada a ver com a apresentação do momento,era o que lhe martelava a cabeça aumentando suas esperanças de um dia encontrar alguém que realmente o quisesse e o amasse como ele merecia.Estava escrito!

A sinfonia para.Este fato provoca uma chuva de aplausos dos sete amigos.Mostrando humildade,os músicos descem do palco e cumprimentam cada um deles.Apresentam-se,conversam um pouco,citando os seus objetivos.Ali,cada um era merecedor da mais plena felicidade pois foi para isto que Javé Deus criara os humanos.

Instantes depois,os músicos retornam ao seu trabalho e os outros decidem voltar para pousada.Consigo,estava incluído o Osmar,um homem desequilibrado e doente o qual estava pagando pelos seus pecados.Ele teria mesmo chances de retomar sua vida?Ou era um caso perdido?Não percam as próximas cenas.

O grupo chega na pousada.Depois dos tramites para alojar Osmar,eles encaminham-se á cozinha e,chegando lá,junto com outros hóspedes,servem-se da comida disponível para o jantar.A seguir,são vinte minutos alimentando-se entre conversas e silêncio.

Quando terminam de jantar,começam a realizar outras atividades durante a noite:Assistir TV,contemplar o céu estrelado e por último rezar.Exatamente ás dez horas, fruto de comum acordo, resolvem dormir pois se encontravam bastante fatigados da viagem.E assim fazem.Cada qual em seu respectivo dormitório, procura esquecer as preocupações e mergulhar em seu próprio mundo de sonhos.Neste momento,o “eu sou” de cada um deles encontrava-se bastante ativo.Uma boa noite a todos e até o próximo capítulo.

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