Czytaj książkę: «Sinos Do Inferno - Uma Novela Da Justice Security»
Sinos Do Inferno
Uma Novela Da Justice Security
Por
T. M. Bilderback
Tradução Por
Fernanda Viana
Copyright 2017 por T. M. Bilderback
Design da capa por Christi L. Bilderback
Foto da capa © Can Stock Photo / sjhuls
Todos os direitos reservados.
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas reais é um sonho mirabolante seu.
Nenhuma parte deste romance pode ser usada sem a expressa permissão do autor.
Índice
Informação de Copyright
Nota do Autor
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Sobre o Autor
Conecte-se Com o Autor
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Sumário
Página do Título
Página dos Direitos Autorais
Página dos Direitos Autorais
Sinos Do Inferno - Uma Novela Da Justice Security
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Nota do Autor
Olá, leitor, e muito obrigado pelo seu interesse neste romance.
Se você ainda não leu meu primeiro romance, Se Você Pudesse Ler Minha Mente - Uma História de Nicholas Turner, pare agora. Vá encontrar uma cópia. Leia.
Esta história é uma continuação daquela, e há coisas nesta história que você não reconhecerá se não tiver lido aquela história.
Sempre foi meu plano que Nicholas Turner e sua “arma secreta” interagissem com a Justice Security. Preparar o terreno para incluí-los demorou todo esse tempo.
As histórias da Justice Security, se você é um fã de longa data, tornaram-se mais sombrias com o progresso da série. Uma das minhas diretrizes pessoais com esta série é que nenhum personagem está seguro... nenhum personagem está imune a ser morto, ou aleijado, ou de outra forma ferido a ponto de sair da série. Se a história exigir, o personagem cairá na escuridão.
Com este romance, a escuridão cai. Com força. Prepare-se e aproveite o passeio!
TM Bilderback
Capítulo 1
"Manhê! A Madeline tá desaparecendo as minhas coisas de novo!"
"Eu não estou! Isso é só o que você ainda não encontrou!"
“Não, não é! Você tá mentindo! Você não deveria mentir!"
"Eu não tô mentindo, Karen!"
"Tá sim! Você tá mentindo, Madeline!"
"EU NÃO MINTO!" A voz veio de todos os lugares ao mesmo tempo.
"Não é justo! Você não tem permissão para discutir com sua voz de anjo! O Papai falou!"
“O Papai também falou para eu não desaparecer mais com suas coisas, e eu não desapareci! Então, fique quieta!"
"Meninas, já chega!"
"Mas mãe!" disse Karen.
"Meredith!" disse Madeline.
Meredith Turner ergueu a mão com a palma para fora. “Nem mais uma palavra de vocês duas, ou vou colocar as duas de castigo! Entendido?"
O silêncio saudou Meredith até que ela abaixou a mão.
"Mãe?" perguntou Karen.
Meredith suspirou. "Sim, Karen?"
"Como você coloca um anjo de castigo?"
Espertinha, pensou Meredith para si mesma. Em voz alta, ela disse: “Quero que vocês duas terminem de limpar este quarto e desçam. Seu pai estará em casa logo, e temos que preparar o jantar.”
"Sim, senhora", disseram as duas meninas em uníssono.
Meredith se virou e saiu do quarto que as duas meninas compartilhavam. Atrás dela, ela ouviu Karen dizer: "Sinto muito, Madeline."
Madeline disse: "Não é nada demais, Karen - eu já esqueci essa."
"Cabeça de pena."
"Pestinha."
Meredith sorriu enquanto as duas garotas riam. Elas estavam ficando tão próximas quanto irmãs normais... e agindo como tais também. Uau... Desaparecer com as coisas da Karen começou como uma piada. Madeline fazia as coisas de Karen desaparecerem para que a mão dela passasse direto pelo que quer que a garota estivesse pegando. Foi engraçado, até que Madeline “despareceu” com a cama de Karen. Meredith começou a descer as escadas. Na parte inferior, no saguão principal da casa, ela se virou para ir até a porta da frente para conferir os trabalhadores que estavam consertando os danos à casa. A casa havia sido atingida em uma tentativa fracassada de matá-la quando sua filha, Karen, foi sequestrada por dois policiais desonestos há um tempo atrás. Depois de discutir com a seguradora, Nicholas pediu ao escritório local do FBI... bem, Marcus Moore... para perguntar por que a seguradora estava atrasando a reivindicação. As indagações tiveram o efeito desejado: a seguradora concordou em consertar a casa. Substituir as janelas foi a maior dor de cabeça de todo o trabalho.
Realmente tinha durado tão pouco? Um momento tão abençoado e feliz!
Meredith, por sugestão de um homem do FBI, contratou um detetive particular, Nicholas Turner, para ajudar a encontrar Karen. O homem do FBI era Marcus Moore, melhor amigo de Nicholas. Quando ela o conheceu, ele era um ex-policial desalinhado que tinha maratonas alcóolicas ocasionais devido à morte de sua esposa e filha não-nascida dez anos antes.
Então, aconteceu o milagre que mudou todas as suas vidas.
Um anjo de verdade escolheu renascer em um bebê humano para sentir novamente como era viver como um humano. O bebê que ela escolheu pertencia a Nicholas e Janie Turner. Depois que sua alma se combinou com a soma das contribuições biológicas de Nicholas e Janie, o bebê morreu, porque Janie desenvolvera um câncer uterino devastador e de formação rápida. Janie sofreu um aborto e morreu logo depois. O bebê, uma menina que teria se chamado Madeline Louise, escolheu se desenvolver como uma criança humana normal ao lado de sua mãe no “Céu”. Quando tinha dez anos, Madeline exerceu seu livre arbítrio para fazer o que poucos outros anjos ou almas renascidas fizeram antes... ela escolheu vir à Terra para ajudar seu pai a colocar sua vida de volta nos trilhos. Madeline tinha algumas surpresas reservadas para seu pai, no entanto.
Madeline poderia ser o que Nicholas, Meredith e Karen chamavam de “desbotada”. Isso significava que ela era transparente e objetos mundanos passavam por ela. Ela também poderia se tornar sólida se quisesse. No entanto, se ela escolhesse ser sólida, ela também seria vulnerável e poderia ser ferida ou morta como qualquer humano normal. Madeline também podia fazer com que objetos mundanos desaparecessem, tocando-os quando estivesse sólida, e depois desaparecia novamente junto com o objeto. Ela poderia ser invisível quando quisesse. Ela também pode desbotar outras pessoas e transportá-las com a velocidade do pensamento. Ela poderia levar as pessoas a reinos superiores de existência, e poderia disparar de suas mãos raios de puro poder branco. Esses raios de energia eram inofensivos para aquelas criaturas de bom coração, mas podiam imobilizar, ou mesmo matar, aqueles que abraçaram o mal.
Madeline também podia se comunicar com seu pai telepaticamente.
Qualquer um dos pais.
Porque, embora Madeline tivesse escolhido viver uma vida como uma criança humana com poderes angelicais, ela ainda era meio anjo, e respondia a um pai diferente, bem como a Nicholas. Mas, como Madeline tinha livre arbítrio, ela poderia ficar com seu pai terreno pelo tempo que desejasse ... e continuaria envelhecendo como se fosse uma garotinha normal.
Meredith às vezes ainda achava difícil de acreditar. Quando algo acontece em sua vida que literalmente confirma que a vida após a morte existe, que os anjos existem, que as almas existem, que Deus existe... bem, isso pode ser insano.
Insana ou não, Meredith era agora a madrasta de um anjo.
E ela amava isso!
Meredith abriu a porta da frente no momento em que um dos trabalhadores do lado de fora derrubou uma veneziana arruinada do andar de cima do topo de uma escada. Quando ela atingiu o solo, explodiu como um tiro, fazendo Meredith gritar e pular.
Quase instantaneamente, Madeline desbotou ao lado dela, em modo “anjo” ou “batalha” completo. Seu corpo brilhava com uma não luz branca, e seus olhos eram de um azul profundo e penetrante. Faíscas saíram de suas mãos e seu poder caía em cascata de cada ombro em uma queda que lembrava asas. Seus olhos procuraram pela ameaça que fez Meredith gritar.
Meredith só tinha visto Madeline no modo de “batalha” uma outra vez, e foi quando a garotinha ajudou a derrubar George Parker, o policial sujo por trás do sequestro de Karen. A visão era ao mesmo tempo reconfortante e assustadora... e não era para outros olhos humanos!
"Madeline!" sibilou Meredith “Não foi nada! Saia da porta antes que alguém te veja, querida! "
Madeline se virou para Meredith, focando aqueles olhos azuis brilhantes nela. Vendo a verdade ali, Madeline voltou para dentro de casa, gradualmente se tornando sua versão normal.
"Me desculpe, Meredith", ela sussurrou "Eu pensei que houvesse algo errado."
Meredith sorriu e abraçou Madeline com força. “Oh, querida, está tudo bem. Você não fez nada de errado, meu amorzinho! Obrigada por cuidar de mim!”
"Tudo bem, Sra. Turner?" disse uma voz vinda da entrada.
Meredith e Madeline pularam com o som. O capataz estava parado na porta.
"Eu ouvi você gritar ... a veneziana assustou você?" ele perguntou timidamente. "Sinto muito... vamos tentar ser mais cuidadosos."
“Não, tá tudo bem,” respondeu Meredith. "Eu estava com a cabeça longe e o som me assustou."
“Devemos terminar amanhã à noite”, disse o capataz. "Então estaremos fora das suas vistas."
“Obrigada,” disse Meredith.
O capataz sorriu para Madeline. "Eu prometo que a casa ficará como nova, pequena Senhorita."
Madeline devolveu o sorriso. "Muito obrigada, senhor."
O capataz fez uma saudação falsa quando Meredith fechou a porta da frente. Meredith, pressionando as costas contra a porta, olhou para Madeline, que estava olhando para Meredith. De repente, ambas começaram a dar risadinhas e gargalhar.
Karen, depois de ouvir as risadas, começou a descer as escadas. "O que é tão engraçado? O que eu perdi? "
Claro, nenhuma das duas conseguia explicar para Karen o que era engraçado, o que fez as duas rirem ainda mais. Karen cruzou os braços e franziu a testa, mas logo aderiu à gargalhada contagiante. Logo, todas as três estavam deitadas no carpete do saguão, fazendo cócegas uma na outra. Finalmente, exaustas, elas se esparramaram uma do lado da outra, com Meredith entre as duas garotas, todas tentando recuperar o fôlego.
"Meredith?"
“Sim, Madeline?”
"Obrigada."
"Pelo quê?"
"Por não te chamar de cabeça de pena?" perguntou Karen.
“Não, idiota,” respondeu Madeline. "Por me amar. E por gostar de mim.”
Meredith, intrigada, disse: "Por que eu não te amaria, ou não gostaria de você, Madeline?"
Madeline ficou em silêncio por um momento, então disse: “Porque eu era a filha do Papai. De antes. E porque eu sou uma ano... anoma...”
"Anomalia?"
“É,” ela respondeu. "Eu realmente não deveria estar aqui, Meredith... não do jeito que estou."
Karen se apoiou em um braço, de frente para Meredith para que pudesse ouvir Madeline melhor. "O que você quer dizer com o jeito que você está?" ela perguntou.
Madeline sorriu. “Anjos... ou o que os humanos chamam de anjos... já renasceram antes. Na maioria das vezes, suas memórias foram apagadas e seus poderes foram re... re..."
“Reprimidos?” sugeriu Meredith.
Madeline acenou com a cabeça “Sim. Ou, eles usaram seu livre arbítrio para desistir de ser um anjo para descer na terra a fim de que pudessem viver uma vida normal como humanos.”
"Então, por que você é uma ano... anom...anomia? perguntou Karen.
Meredith sorriu. "Anomalia, Karen."
Madeline se virou para o lado dela, encarando Meredith. “Porque usei meu livre arbítrio para vir à Terra e viver ..., mas também mantive meus poderes.” Ela sorriu. “Com a bênção da Mamãe... e a Dele.”
Meredith disse: “Eu gosto muito de você, doce Madeline. E eu te amo, como se você fosse minha própria filha. Não sabia que era com a bênção de Deus, Madeline. Por que ele te deu a bênção dele?”
Madeline deitou-se de costas no chão. “No reino que os humanos chamam de 'Céu', sou uma das guerreiras mais poderosas Dele”, disse ela com naturalidade. “Apenas Miguel, e os outros arcanjos, e talvez um par de outros anjos normais, são mais poderosos. Mas existem dois reinos... e o outro é escuro, doloroso e maligno. Os humanos chamam isso de 'Inferno', e é para onde vão as almas que são ruins. Eles também têm guerreiros ... alguns tão fortes quanto Miguel. O líder ali é inimigo Dele, e quase tão poderoso. 'Deus', como vocês o chamam, me enviou aqui porque algo grande está por vir, e eu não sei o que é, e não sei quando, e Papai vai estar bem no meio disso.” Uma lágrima silenciosa escorreu de seus olhos. “Disseram-me que ele precisava de toda a ajuda que pudesse conseguir... e ainda sim ele pode não ganhar. E posso não ganhar. Mas ainda não está acontecendo.” Ela moveu a cabeça para que descansasse no braço de Meredith. "No entanto, isso não me impede de me preocupar..."
***
"PARE!" GRITOU NICHOLAS Turner. "Não se mexa!"
“Bem, você sabe, eu não tinha planejado isso, Nicky”, disse Snickers, programador de computador, informante e ex-viciado. "Quando você pediu, sabe, para eu te ajudar, você não me disse isso, sabe, que ia ser para pendurar quadros na sua parede."
Nicholas riu enquanto marcava a localização do quadro para que pudesse bater um prego. "Você teria vindo de qualquer maneira, Snick... você não me engana nem um pouco."
“Sabe de uma coisa, Nicky? Você me conhece muito bem."
"Ok, amigo, você pode abaixar isso agora."
Snickers suspirou enquanto abaixava o quadro e o encostava na parede. "Você está indo muito bem desde que você prendeu, sabe, aquele policial lá, o Parker, não é?"
Nicholas fez que sim com a cabeça. “Sim, os negócios melhoraram bastante.” Ele encolheu os ombros. “Acho que perdi alguns porque tenho estado muito fora do escritório ultimamente. Minha papelada ficou paralisada porque não tenho tempo para fazer do jeito que deveria. É difícil fazer tudo sozinho.”
"Tipo, sua nova esposa, não pode te ajudar com isso?"
“Eu gostaria que ela pudesse, mas as encomendas para as artes dela também dobraram desde que Parker foi preso. Toda a história do sequestro de Karen, minha solução do caso com a sua ajuda, nossos empregos e nosso casamento vieram juntos o bastante para realmente mudar as coisas para nós dois.” Sem mencionar a ajuda de Madeline... Eu me pergunto o quanto disso é graças a ela?
Snickers entregou a Nicholas um prego e o martelo. "Tipo, talvez você precise de uma daquelas secretárias ou algo assim, entende?"
Nicholas martelou o prego na posição. “Já pensei nisso, posso pagar uma agora... talvez para trabalhar por meio período, alguns dias por semana...”. Ele pendurou a foto no prego, endireitou-a e deu um passo para trás para admirá-la. “Só não tenho certeza se posso encontrar alguém que seja confiável o suficiente para fazer o trabalho, mas que seja flexível o bastante para fazê-lo em meio período. Alguém que não vai pirar se eu trouxer uma criança machucada, ou tiver que atirar em algum pobre coitado que se opõe a pagar pensão alimentícia e apronta confusão comigo.”
"Sabe, falando de trabalho", disse Snickers, "Tipo, o que você tem engrenado por agora?"
Nicholas sorriu. “Acredite ou não, meu velho, acabei de terminar um e não tenho outro no horizonte. Por enquanto, pelo menos. Por quê?"
Snickers encolheu os ombros. “É que, tipo, eu não tenho certeza ainda. Me dê, tipo, alguns dias, e eu posso, você sabe, ser capaz de conduzir alguns negócios, tipo, do seu jeito.”
Nicholas ficou tocado. Snickers era um de seus informantes melhores e mais confiáveis. Ele conhecia Snickers desde seus primeiros anos de policial. Como patrulheiro de rua, Nicholas prendeu Snickers por roubar uma loja de bebidas. Snickers imediatamente começou a oferecer informações sobre qualquer coisa que Nicholas quisesse saber, desde que Nicholas não o prendesse. Nicholas fez uma contraproposta: se a informação fosse correta, ele eliminaria as acusações.
A informação era correta e Nicholas cumpriu sua palavra. A relação de dar e receber cresceu, e as informações de Snickers foram diretamente responsáveis pela promoção de Nicholas a detetive. Como um presente, Nicholas pagou para Snickers entrar em uma boa clínica de reabilitação para se limpar.
Um Snickers grato ainda manteve contato com suas conexões subterrâneas, mas permaneceu limpo. Ele tinha um talento especial para computadores e trabalhava como programador. Era um homem pequeno, de aparência raquítica, e ainda tinha os tiques nervosos que desenvolvera como viciado. Ele passava as noites no McFeely's, um bar em Hollow. O McFeely's, comumente conhecido nas ruas como “McFeelme's”, era um lugar difícil que servia bebidas fortes para clientes mais exigentes e tinha a reputação de ser capaz de fornecer quase tudo o que uma pessoa pudesse estar procurando.
Madeline havia dito a ele que Snickers o adorava e o via como um irmão mais velho. E ela queria conhecer Snickers. Já que Madeline era o que ela era, isso dizia muito sobre Snickers.
“Bem, sempre aprecio mais negócios”, respondeu Nicholas. "Suponho que você ainda não possa me dar uma ideia?"
"Nah... você sabe, eu tenho que convencer, tipo, esse cara que você é, tipo, de boa."
"De boa?"
Snickers riu. “Nicky, você sabe o que quero dizer! Eu tenho que ter certeza de que ele acredita que você não vai, você sabe, denunciá-lo... ou tratá-lo como, você sabe, um merda só porque ele é um ex-presidiário, sabe?"
Nicholas sorriu para o amigo. "Entendi, Snick."
"Quero dizer, você sabe, que só porque você é, tipo, um detetive, eu tenho que convencê-lo de que você não é, tipo, esse tipo de detetive."
" Esse 'tipo' de detetive?"
“Você sabe, Nicky! Quero dizer, como se você fosse, sabe, um cuzão particular!"
“Bem, eu faço o meu melhor para manter a minha bunda privada. De qualquer forma, Meredith diz que eu faço."
Snickers sorriu. "Haha engraçadinho. Eu não sei, você sabe, sobre a parte privada, mas, sabe, você é um cuzão!”
Os dois homens perderam o controle por causa do humor juvenil e começaram a rir ruidosamente.
***
MAIS TARDE, DEPOIS que terminaram de pendurar os quadros, trancaram a porta do escritório e foram para a sala dos fundos, que antes era a residência do detetive particular.
“Então, uh... como está o seu, você sabe, novo casamento? Tudo, você sabe, está indo bem, Nicky?” perguntou Snickers.
Nicholas fez que sim com a cabeça. “É ótimo, Snick. Você deveria arrumar alguma garota legal... nada se compara a voltar para casa para pessoas que amam você."
Snickers balançou a cabeça suavemente enquanto sorria um sorriso estranho. “Eu não, uh, você sabe, acho que não, Nicky, entende? Nenhuma garota vai, você sabe, olhar para mim e dizer, você sabe, é ele com quem eu quero, você sabe, passar minha vida. Simplesmente, você sabe, não acontece dessa maneira.”
Uma batida veio na porta externa do escritório. Os dois homens se entreolharam, surpresos. Eram cinco e meia da tarde e, oficialmente, o escritório estava fechado.
Nicholas fez uma careta. “Ahh, por que não? Pode ser um cliente, Snickers.”
"Se importa se eu, você sabe, desaparecer pela, você sabe, porta dos fundos?" Snickers perguntou. “Vou, você sabe, até o McFeelme's.”
“Claro, amigo, te encontro mais tarde. "Fique longe de problemas."
Snickers escapou pela porta dos fundos quando uma batida soou na porta do escritório novamente.
"Estou indo!" chamou Nicholas.
Nicholas foi até a porta e a destrancou. Quando ele abriu, uma mulher estava lá.
A mulher parecia ter uns quarenta e poucos anos, cabelos castanho cor de rato com mechas grisalhas na altura dos ombros. Bela figura, firmemente estabelecida na meia-idade. Cerca de um metro e meio, usando um lindo vestido azul pastel logo abaixo dos joelhos, com um colar de pérolas discreto e brincos de pérolas.
"Posso te ajudar?" perguntou Nicholas.
A mulher sorriu. "Olá, Sr. Turner." Ela estendeu a mão e Nicholas apertou. Ela tinha um aperto firme, mas não dominador. “Meu nome é Cindi Moore. Eu esperava falar com você sobre algum trabalho de secretariado e contabilidade em meio período.”
Nicholas estava pasmo. A única pessoa para quem ele mencionou a ideia de trabalhar meio período foi Snickers, e havia sido a apenas alguns minutos atrás. Então, a menos que Madeline estivesse estado dentro de sua cabeça novamente, essa ideia em particular tinha sido respondida por uma fonte muito superior. Ou era uma grande coincidência.
Nicholas sorriu para a mulher. "Por favor, entre, Sra. Moore."
Cindi devolveu o sorriso. "Obrigado, Sr. Turner." Ela entrou no escritório.
Nicholas fechou a porta e gesticulou para sua mesa. "Por favor, sente-se."
Cindi se sentou na cadeira do cliente. Nicholas acomodou-se atrás da mesa.
"Bem, Sra. Moore, o que a traz a mim?"
Cindi sorriu. Belo sorriso, pensou Nicholas. “É uma história muito curta, Sr. Turner. "Parece que preciso de um emprego, depois que meio que...caí na cidade.”
"Isso soa intrigante, mas, por que eu?"
“Tenho ouvido muito sobre você ultimamente, Sr. Turner, através dos jornais e da televisão. Achei que sua empresa poderia estar se expandindo o suficiente para justificar a contratação de alguém para manter seu escritório para você, então eu vim falar com você. Amo crianças e percebo que nem sempre é divertido fazer o que você faz. Tenho habilidades de secretária, posso escrever relatórios, tenho habilidades de contabilidade e consigo manter minha estabilidade em uma emergência, e o horário de meio expediente seria perfeito para mim agora.”
Oi Papai! disse Madeline dentro de sua cabeça.
Oi, docinho!
Meredith tá dizendo que o jantar está quase pronto.
Eu estarei aí em breve, querida.
Vou falar pra ela. Eu te amo!
Eu também te amo!
"Sr. Turner?"
Nicholas balançou a cabeça e sorriu. “Desculpe, Sra. Moore. Falando com os meus botões.”
Cindi sorriu. "Entendo."
“Que tal às segundas, quintas e sextas?” Nicholas estabeleceu os horários e uma taxa de pagamento generosa.
“Tudo certo, Sr. Turner. Aceito o trabalho.”
"Ótimo! Mas você tem que me chamar de Nicholas, e eu terei que fazer uma verificação de antecedentes sobre você.”
“Só se você me chamar de Cindi, e eu trarei toda a papelada que você precisa para sua verificação de antecedentes. Quando você gostaria de começar?”
"Amanhã seria bom para você?"
Cindi sorriu novamente. "Seria."
Os dois se levantaram e Nicholas apertou a mão de Cindi. "Bem-vinda a bordo, Cindi."
"Feliz em estar empregada, Nicholas. Estarei de volta logo no começo da manhã.”
***
SNICKERS TINHA FICADO na entrada dos fundos por tempo suficiente para espiar e ver quem estava visitando Nicholas. Quando viu Cindi, algo 'apitou' dentro de sua cabeça, e ele decidiu ficar do lado de fora do prédio que abrigava o escritório de seu amigo detetive.
Se alguém tivesse perguntado a Snickers por que ele queria seguir essa mulher, ele não teria sido capaz de dar uma resposta coesa. Algo dentro dele apenas lhe disse para descobrir mais sobre ela, que Nicky precisava saber, e Snickers ouviu seus palpites.
Ele estava do outro lado da rua do escritório de Nicholas, dentro da pequena loja de conveniência, vigiando a entrada do prédio. Depois de cerca de quinze minutos, Cindi saiu do prédio, parou por um momento e parecia não estar olhando para o nada.
Snickers sentiu um arrepio na espinha, mas ele sabia que ela não podia vê-lo. Ele estava alguns metros atrás, dentro da loja, observando pelas grandes vitrines da loja na frente, e era um final de tarde ensolarado e claro. De forma alguma ela poderia vê-lo. Nervoso, eu acho, ele pensou consigo mesmo.
Cindi sorriu para si mesma, virou à esquerda e começou a caminhar em direção ao centro. Snickers, do outro lado da rua, saiu da loja e começou a andar na mesma direção. Ele estava cerca de meio quarteirão atrás dela. Talvez ela esteja indo para o McFeely!
Snickers estava seguindo Cindi por alguns quarteirões quando de repente ela cruzou a rua na diagonal, ainda indo para o centro. Snickers diminuiu um pouco o ritmo dele, e isso a colocou a cerca de meio quarteirão à sua frente, mas no mesmo lado da rua. Ele desacelerou um pouco mais, dando a Cindi um pouco mais de espaço entre eles, diminuindo suas chances de ser localizado. De repente, Cindi dobrou a esquina.
Snickers acelerou um pouco, porque ele não queria perdê-la. Ele dobrou a mesma esquina que Cindi dobrou segundos atrás.
A mulher não estava à vista.
Snickers parou em seu caminho. Ao longo da rua à sua frente, ele viu cerca de cinco pessoas, e nenhuma delas era Cindi.
Ok, que diabos está acontecendo aqui? Para onde ela foi?
Snickers caminhou até o beco entre o prédio da esquina e o próximo. Estava escuro e cheio de sombras. Ele não viu Cindi lá.
Ele se virou e começou a olhar para a rua novamente. Agora estou tendo um mau pressentimento sobre isso...
Snickers mal tinha terminado o pensamento quando um par de mãos agarrou seus ombros e o puxou para as sombras do beco.
“Vamos ter uma longa conversa agora,” disse Cindi, do escuro.