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Estórias e Poemas Lusos
Sabrina Vieira Fialho
© Sabrina Vieira Fialho
© Estórias e Poemas Lusos
Fevereiro 2021
ISBN papel: 978-84-685-5597-3
ISBN ePub: 978-84-685-5598-0
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Para os meus pais e avós
Índice
Por Terras Lusas
Açores
Alentejo
Alentejo (Até ao Fim)
Amantes Do Mar
Dornes
Lisboa
Madeira
No Pátio da Monsôa
Planícies
Porto
Serra da Estrela
Sesimbra
Afazeres
Na Escola
O Agricultor
O Mágico
O Marujo
Pescador
Profissões
Dos Amores
A Espera
À Janela I
À Janela II
Celestina
Embora, Cá Vou Eu
Eternos Enamorados
Fado Da Minha Avó
Meu Amor, Único Amor
Morrer de Paixão
Preciso de ti
Principezinho
Verão
Sobre a Vida e a Morte
Alegre Nostalgia
À Minha Vida
A Morte de Um Anjo
De Um Anjo
Divagações
Luta Sem Fim
Momentos Sombrios
Morte Lenta
Não Eu
O Lago
O Meu Castelo
Para Ti
Tu
AGRADECIMENTOS
Por Terras Lusas
Açores
Adoro, adoro estas ilhas os Açores
A sua bruma tépida e as suas lagoas
De Santa Maria à Ilha das Flores
São todas verdadeiros tesouros
Temos ananás e que docinho
É de São Miguel que maravilha
Eles vão crescendo devagarinho
Todo o ano no topo da ilha
Nas Furnas ouvi as entranhas da terra
De onde brota água com sabor férreo
As Lagoas das Sete Cidades são um mistério
Que a lenda que se conta com ela encerra
No Pico temos também bom vinho
E vale o desvio pela rocha negra
Reluzente atrai olhares pelo caminho
Mas observar baleias é o que mais me alegra
Na Ilha do Faial deambulei pela marina
Admirei os veleiros e sonhei navegar
Na tasca do Peter aqueci a alminha
Pronta para novos portos conquistar
Nas Flores molhei pés no Poço do Bacalhau
Onde cai uma cascata de águas límpidas
Do Porto das Poças embarquei numa nau
Com destino ao Corvo e suas caldeiras floridas
De Graciosa e São Jorge não me esqueci
Nem de Santa Maria: regressarei por ti
Não me canso desta vista deslumbrante
Nove ilhas a meio caminho do Atlântico
Pois são todas belas como um diamante
Soberbas são um orgulho para Portugal
Cuidem bem delas de ora em diante
Pois por este mundo fora não há igual
Alentejo
Alentejo, terra dos meus avós e do meu pai
Onde reside uma parte do meu coração
Paisagens únicas e pessoas encantadoras
Cenários que me servem de inspiração
No topo das escadas da Igreja de Aljustrel
Contemplo com nostalgia o horizonte
Trouxe comigo pão e azeitonas no farnel
Para degustar com vinho tinto e broa de mel
Alentejo, tenho por ti esta paixão inexplicável
Um encanto infindável pelas tuas planícies sem fim
Pelo cheiro da terra onde cresce tomilho e alecrim
Que cavada, semeada e regada se torna arável
O monte impera no meio de um tímido arvoredo
Majestoso, as suas paredes refletem a luz do sol
Esta noite decidiu pôr-se demasiado cedo
Anoitece, arrefeço, estremeço debaixo do lençol
Alentejo, vibro ao som dos que te cantam
Das vozes em uníssono que me encantam
Cresci contigo no peito e jurei um dia voltar
Para esta terra onde escolhi para sempre ficar