Sermão contra o Filosofismo do Seculo XIX

O «Sermão contra o Filosofismo do Século XIX», de José Agostinho de Macedo, é uma obra que se insere no contexto do debates filosóficos e teológicos da época, onde o autor, com um estilo incisivo e polemico, critica a filosofia moderna que, segundo ele, afasta o homem de valores transcendentais e da fé. Macedo utiliza uma retórica elaborada, recheada de referências eruditas, para expor sua visão de que o racionalismo do século XIX ameaça não apenas a essência da tradição religiosa, mas também o equilíbrio moral e ético da sociedade. A obra reflete um momento em que as ideias iluministas estavam em franco confronto com as convicções religiosas, resultando numa análise profunda e abrangente das concepções do ser humano e de Deus na modernidade. José Agostinho de Macedo, um dos principais nomes do romantismo português, viveu em um período marcado por intensas transformações sociais e culturais. Nascido em 1761, ele foi um defensor ardente do catolicismo em um mundo que rapidamente se modernizava. Sua formação eclética, que incluía estudos em várias áreas do conhecimento, proporcionaram-lhe uma ampla perspectiva sobre a filosofia contemporânea e sua influência corrosiva sobre as instituições tradicionais, o que o motivou a escrever esta obra como um manifesto para os valores cristãos. Recomenda-se a leitura do «Sermão contra o Filosofismo do Século XIX» não apenas para aqueles interessados na filosofia e na teologia, mas também para quem deseja apreciar uma crítica profunda às tendências modernizantes da época. A análise articulada de Macedo, sua eloquência poética e sua fé inabalável conferem ao texto um valor histórico e cultural significativo, que ressoa na atualidade ao fomentar reflexões sobre a relação entre razão e fé.